Ao deixar o Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acusou a TV Escola de ter uma programação de esquerda.
Bolsonaro também atacou o educador Paulo Freire, chamando o pernambucano de “energúmeno”. “Era uma programação inteira de esquerda, ideologia de gênero, com dinheiro público.
Tem muito adolescente formado com essa filosofia aí desse Paulo Freire da vida, esse energúmeno aí que foi ídolo da esquerda”, afirmou. “Quem assiste TV Escola?
Ninguém.
Era dinheiro jogado fora”, disse ainda o presidente.
LEIA TAMBÉM » Governo retira nome de Paulo Freire de plataforma para professores » Geraldo Julio declara Paulo Freire ‘patrono da educação do Recife’ » Bolsonaro nega reforma ministerial e diz que Abraham Weintraub é ‘excelente’ » Na Câmara, João Campos diz que tio é ‘sujeito pior’ que Weintraub Bolsonaro ainda criticou os governos anteriores pelos resultados da educação. “Olha a prova do Pisa: estamos em último lugar do mundo.
Vai esperar o que desse Brasil?
Com essa educação”, afirmou.
Apesar de estar abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico ou Econômico (OCDE), não é o pior no mundo.
O Ministério da Educação decidiu não renovar o contrato de gestão da TV Escola com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), que acaba no fim deste ano.
Pelo Twitter, o ministro Abraham Weintraub afirmou que o contrato era de R$ 350 milhões por 5 anos. “Tem coisa melhor a fazer com esse dinheiro.
O dia que não tiver, corte-se impostos”, disse na rede social.
A militante “reclama” da não renovação Roquete Pinto/TV Escola.
Deixo claro: defendo reduzir o Estado.
Já pagamos muito imposto.
O contrato, caindo pela metade, era de R$ 350 milhões por 5 anos.
Tem coisa melhor a fazer com esse dinheiro.
O dia que não tiver, corte-se impostos. — Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) December 14, 2019 Em nota, a Roquette Pinto enfatizou que o valor de R$ 70 milhões anuais é semelhante ao valor para 2019. “Os conselheiros do Ministério, em uma reunião no mês de novembro, votaram a favor da renovação com esse mesmo valor.
Cabe destacar que neste ano de 2019 o MEC cortou quase 50% do repasse previsto para o período”, afirmou a instituição.
A associação disse ter sido pega de surpresa.
Na nota, frisou ainda que não produz conteúdo apenas para canal, mas para o treinamento de professores, por exemplo.
No último dia 13, os funcionários que atuam na TV Escola tiveram que deixar o prédio do Ministério da Educação por decisão judicial.