O relatório favorável ao projeto de lei complementar que muda o sistema de aposentadorias dos servidores em Pernambuco foi aprovado nesta quarta-feira (11) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa.
O parecer é do líder do governo Paulo Câmara (PSB) na Casa, Isaltino Nascimento (PSB).
O texto que passou foi o apresentado pelo governo, que estabelece o percentual de contribuição em 14%.
Atualmente, é de 13,5%.
Teresa Leitão (PT) e o mandato coletivo Juntas (PSOL) também haviam apresentado emendas para que as alíquotas fossem escalonadas.
Nenhuma foi incorporada ao relatório de Isaltino Nascimento.
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Ganhou mais, pagaria mais » Servidores cobram estudos a Paulo Câmara sobre reforma da Previdência A única emenda acatada foi da deputada de oposição Priscila Krause (DEM), alterando o período de vigência da mudança.
A proposta da parlamentar era de que a nova alíquota começasse a valer em 31 de julho de 2020.
Com um acordo, a data para entrar em vigor é um dia depois, em 1º de agosto do próximo ano.
O texto original do governo previa que o percentual passaria a valer 90 dias após a sanção da lei.
O projeto do governo também prevê a criação do Funprev, um fundo de capitalização complementar para novos servidores, em que o valor máximo a ser pago de aposentadoria é o mesmo que o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). » Paulo Câmara diz que capitalização no Estado é diferente do modelo de Guedes » Em nota, Governo Paulo Câmara diz que projeto de reforma da previdência estadual é consequência da reforma de Bolsonaro, aprovada pelo congresso » Paulo Câmara inicia reforma da Previdência em Pernambuco.
Alíquota dos servidores subirá para 14% A mudança nas regras de aposentadoria tramita em regime de urgência na Assembleia.
A proposta será analisada pelas comissões de Administração e Finanças nesta quarta-feira (11) e em plenário na quinta-feira (12).
Antes da votação do relatório, Priscila Krause havia pedido destaque para uma emenda de Antônio Coelho (DEM) que estabelecia uma progressão nas alíquotas. “Esse mecanismo é para o rico pagar mais e não foi sequer levado em consideração”, disse Priscila Krause.
Porém, o destaque teve apenas o voto dela e foi derrotado.
Apesar disso, a parlamentar saiu em defesa da reforma da Previdência. “A reforma da Previdência não é optativa, é necessária, porque senão todos ficarão sem aposentadoria num futuro muito breve”.
Isaltino Nascimento defendeu que a proposta segue o que determina a reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro (sem partido), promulgada há um mês. “Todos têm que se adequar, sob pena de entrar em ilegalidade e insolvência”, afirmou o deputado estadual Tony Gel (MDB).
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