Após lideranças do PSOL subirem o Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, com a deputada federal Marília Arraes (PT), o presidente do partido na capital pernambucana, Thiago Carvalho, divulgou nota enfatizando que o partido terá candidatura própria.
Carvalho afirmou que seria “no mínimo incoerente” que a sigla apoiasse uma pré-candidatura do Partido dos Trabalhadores, que hoje está na base do prefeito Geraldo Julio (PSB).
O presidente do PSOL no Recife avaliou ainda que a possível candidatura de Marília Arraes “sequer consegue agregar apoios dentro de seu próprio partido, que prefere continuar apoiando o PSB”. “O PSOL não tem cargos nos governos do PSB, mantendo-se firme na oposição aos governos Geraldo Julio, Paulo Câmara e Jair Bolsonaro, cacifando-se a disputar com total independência a Prefeitura do Recife, com candidatura própria”, disse na nota.
No partido de Carvalho, o ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago tenta articular a candidatura na capital.
Além dele, está colocado o nome do presidente estadual do partido, Severino Biu.
Marília Arraes foi à tradicional festa de Nossa Senhora da Conceição no último domingo (8) com o vereador Ivan Moraes e a candidata do PSOL ao Governo de Pernambuco em 2018, Dani Portela.
Apesar disso, não foi apresentada no evento uma possibilidade de que as lideranças do partido apoiassem uma pré-candidatura da petista à Prefeitura do Recife.
Durante a visita do ex-presidente Lula (PT) ao Recife, no último dia 17, Ivan Moraes afirmou ao Jornal do Commercio que o PSOL teria candidatura própria na cidade.
Marília Arraes Após ter a sua pré-candidatura ao Governo de Pernambuco retirada pelo PT no ano passado, Marília Arraes passou a apoiar Dani Portela.
O seu partido decidiu retomar a aliança com o PSB, rompida cinco anos antes, enquanto a deputada é opositora da sigla de Paulo Câmara e Geraldo Julio.
Neta de Miguel Arraes, Marília iniciou a carreira política no PSB, mas deixou o partido em 2014, após atritos com o ex-governador Eduardo Campos, seu primo, e discordâncias em relação ao rumo que a legenda adotou após a morte dele.
Naquele ano, afastado do PT, os socialistas apoiaram Aécio Neves (PSDB) para a presidência.