O ex-ministro Mendonça Filho (DEM) participou neste domingo (8) da manifestação do movimento Vem Pra Rua pela prisão após a condenação em segunda instância.
O protesto é na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
Dois dos principais alvos dos manifestantes são do partido de Mendonça Filho, os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.
Durante o protesto, foi realizada uma performance com pessoas mascaradas presas e, nas roupas, tarjas com os nomes do ex-presidente Lula e de outros petistas como João Vaccari Neto e José Dirceu, além de “traficante”, “pedófilo”, “assaltante” e “estuprador”.
Alcolumbre foi representado abrindo as grades para libertá-los.
Prisão em 2ª instância Para o ex-ministro, reabrir a possibilidade da prisão após o segundo julgamento seria uma “vitória da decência”. “Prender alguém após julgamento em segunda instância só quem não pratica é o Brasil”, afirmou em discurso no protesto. “O povo brasileiro não aguenta tanta impunidade”.
Países como Alemanha e Inglaterra permitem a prisão após a primeira condenação.
Já na França e em Portugal o réu aguarda em liberdade o julgamento dos recursos.
Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem - Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem - Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem - Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem - Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem O protesto deste domingo (8) defende a tramitação do projeto de lei do Senado que muda o Código de Processo Penal.
O avanço da proposta foi paralisado após um acordo entre lideranças partidárias para priorizar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada na Câmara sobre o mesmo assunto.
Por mudar a lei maior, no entanto, ela tem ritos mais lentos e demanda o apoio de três quintos de cada Casa legislativa.
O argumento para o acordo é de que o projeto de lei do Senado, defendido pelo grupo, poderia ter a constitucionalidade questionado.
O Supremo mudou o seu entendimento no mês passado e definiu a Constituição prevê a ilegalidade da prisão sem que tenha havido o trânsito em julgado, ou seja, antes que todos os recursos sejam analisados.
Mendonça Filho ainda aproveitou o discurso para criticar o PT, afirmando que o governo Dilma Rousseff levou o país para a maior recessão da história e transformou o Brasil em palco de um dos maiores esquemas de corrupção.