O sócio-diretor da Ipe diz que as eleição de 2020 será a mais disputada desde 2000. “Claro que o apoio de Jair Bolsonaro ou Lula deve influenciar significativamente a eleição, mas as evidências não sugerem que o cenário nacional será decisivo para o desenrolar da eleição em Recife”, afirma.
Com base nos números iniciais, o cientista destaca que, embora lidere a atual pesquisa, a deputada federal Marília Arraes não conseguiu atingir sequer 20% das intenções de voto logo após a visita de Lula ao Recife, ato que mobilizou a base petista.
O seguimento à direita terá vida mais fácil, nas primeiras eleições após a chegada de Bolsonaro ao poder? “O presidente Bolsonaro, por sua vez, não possui um nome realmente competitivo para disputar a eleição na capital pernambucana e o quadro será ainda mais complicado com as indefinições acerca da criação de seu partido político, o Aliança pelo Brasil”, destaca o especialista. “A posição dos candidatos sobre Bolsonaro ainda não influencia o cenário recifense.
O presidente não deve ser um ator decisivo na eleição do ano que vem.
Mendonça Filho e Daniel Coelho, candidatos mais conhecidos e identificados com algumas bandeiras do governo federal, não perdem nem ganham votos pela associação com algumas pautas do bolsonarismo.
Assim, acredito que ganham e perdem (com a associação).
Acho que muito do voto Bolsonaro-raiz ainda tá no voto branco/nulo ou indeciso.
O eleitor bolsonarista em recife ainda não tem um candidato a prefeito pra chamar de seu”, explica.
Assim, o que se pode esperar são fortes emoções no ano novo. “Faltando menos de um ano para eleição a disputa está aberta para os nomes que decidirem entrar no páreo.
E é importante frisar que será uma eleição difícil para todos, independente de apoios e estruturas partidárias.
Certamente será a eleição mais disputada desde 2000, quando João Paulo foi eleito para o seu primeiro mandato”, diz.