O faturamento da indústria brasileira cresceu 1,3% em outubro na comparação com setembro, na série livre de influências sazonais.
Foi o quinto mês consecutivo de crescimento do indicador que registra uma alta de 3,5% em relação a outubro do ano passado.
Os dados são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta segunda-feira, 2 de dezembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com a pesquisa, a utilização da capacidade instalada avançou 0,1 ponto percentual em relação a setembro e alcançou 78% em outubro, na série livre de influências sazonais.
O indicador é 0,5 ponto percentual maior do que o registrado no mesmo mês de 2018.
As horas trabalhadas na produção tiveram pequena queda de 0,1% em outubro frente a setembro, na série dessazonalizada e estão 0,1% maiores do que a do mesmo mês do ano passado.
A melhora dos indicadores de produção ainda não repercute no mercado de trabalho.
O emprego ficou estável, a massa real de salários caiu 0,7% e o rendimento médio real do trabalhador recuou 0,3% em outubro frente a setembro, nas séries livres de influências sazonais.
Na comparação com outubro de 2018, o emprego registra queda de 0,3%, a massa real de salários tem retração de 1,9% e o rendimento médio do trabalhador encolheu 1,6%.
BOA NOTÍCIA “A série da altas do faturamento é uma excelente notícia, pois abre caminho para uma recuperação mais forte da atividade e até mesmo do emprego nos próximos meses.
A expansão do faturamento é resultado do aumento da demanda, que vem proporcionando o ajuste dos estoques da indústria.
A expectativa é que esse aumento da demanda se mantenha e passe a exercer influência cada vez maior na atividade industrial”, disse o economista da CNI Marcelo Azevedo.
PIB No mercado, as atenções se voltam para o resultado do desempenho da economia brasileira no terceiro trimestre deste ano, que será divulgado na próxima terça-feira, 3, pelo IBGE.
Economistas projetam crescimento entre 0,2% e 0,4%.
Entre abril e junho desde ano, a economia avançou 0,4% na comparação com o trimestre anterior, acumulando expansão de 0,7% no ano.
Para 2019, a expectativa é que o Brasil cresça 1%, índice bem abaixo do esperado pelos economistas após a eleição de Jair Bolsonaro.