O vereador do Recife Almir Fernando (PCdoB) apresentou um projeto de lei essa semana para conceder armas à Guarda Municipal da capital pernambucana.

A proposta só será distribuída para as comissões em fevereiro, após o recesso parlamentar.

O texto prevê que os custos da implementação da medida, se aprovada e sancionada, seriam Prefeitura do Recife.

O porte de armas, no entanto, obedece aos critérios da Polícia Federal.

PROJETO COMPROVA » Artigo enganoso associa mais armas a menos violência; texto traz perspectiva incompleta de estatísticas sobre o Brasil e os EUA Na justificativa do projeto, Almir Fernando compara a atuação dos guardas municipais à dos policiais na segurança pública. “É verdade que as guardas municipais existentes em alguns lugares já fazem o policiamento ostensivo e preventivo, assim como em diversos municípios os componentes desses órgãos também possuem porte de armas de fogo”, afirma.

LEIA TAMBÉM » Câmara aprova regras para armas de caçadores, atiradores esportivos e colecionadores » Senado aprova ampliação da posse de armas em propriedades rurais » Após derrota no Senado, Bolsonaro revoga decreto de armas » Como votaram os senadores pernambucanos no decreto de armas Em janeiro deste ano, ao ser questionado sobre a concessão de armas aos guardas municipais, o prefeito Geraldo Julio (PSB) afirmou que não iria adotar a medida. “A prefeitura não vai comprar 2 mil pistolas para distribuir com guardas municipais.

A Guarda Municipal tem papel fundamental de cuidar dos parques, das praças, preservar o patrimônio.

E a guarda do Recife faz isso muito bem, disse à época, em entrevista à Rádio Jornal.

Guardas municipais afirmam que a lei 13.022/2014, que estabelece o Estatuto Geral das Guardas Municipais, regulamenta o porte de armas de fogo para a categoria.

O artigo 16 da lei afirma que “aos guardas municipais é autorizado o porte de arma de fogo, conforme previsto em lei”.

No entanto, cabe às prefeituras regulamentar o uso de armas pelos guardas municipais.