João Pedro Gebran Neto, relator das ações da Operação Lava Jato no tribunal gaúcho, rebateu as colocações da defesa de Lula no sentido de criminalização da política e disse que seria a própria defesa de Lula que estaria, por estratégia, politizando o caso do ex-presidente.

Em mais de 90 páginas já lidas, saiu em defesa do ex-juiz Moro e de sua substituta imediata, Gabriela Hardt, nos casos, antes da nomeação de um magistrado em definitivo.

O magistrado também comentou a ação dos procuradores e saiu em defesa deles, como no caso da criação de uma fundação para receber recursos internacionais.

Nesta quarta, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) julga a apelação criminal do processo do Sítio de Atibaia, no qual é réu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A sessão começou às 9h.

O colegiado é formado pelos desembargadores federais Thompson Flores (presidente da 8ª Turma), João Pedro Gebran Neto e Leandro Paulsen, revisor.

O Ministério Público Federal está representado pelo procurador Maurício Gerun.

Quatro advogados já fizeram sustentação oral: Cristiano Zanin, representando Lula, Carolina Luiza de Lacerda Abreu, representando José Carlos Bumlai, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, representando Roberto Teixeira, e Luiza Alexandrina Vasconcelos Oliver, representando Fernando Bittar.

A abertura foi feita pelo presidente da turma.

O desembargador Gebran leu o relatório e começaram as sustentações orais, falando o representante do MPF e depois os advogados.

Réus Além do ex-presidente Lula, também apelam no mesmo processo o presidente do Conselho de Administração da Odebrecht, Emílio Alves Odebrecht, o ex-funcionário da Odebrecht Emyr Diniz Costa Júnior, o ex-executivo da Odebrecht Carlos Armando Guedes Paschoal o ex-presidente da OAS, José Aldemário Filho, o ex-diretor da OAS Paulo Roberto Valente Gordilho, o empresário Fernando Bittar, o pecuarista José Carlos Bumlai, e o advogado Roberto Teixeira.

O MPF também recorreu requerendo o aumento das penas dos apelantes e a condenação do ex-diretor da OAS Agenor Franklin Magalhães Medeiros e do ex-assessor de Lula Rogério Aurélio Pimentel.