A troca de farpas entre os deputados federais João Campos (PSB) e Kim Kataguiri (DEM-SP) continua a repercutir.

Mais cedo, o Movimento Brasil Livre (MBL) Recife saiu em defesa de Kim, co-fundador do grupo, e disparou críticas ao filho do ex-governador Eduardo Campos.

Liderança do MBL local, Pedro Jácome rebateu a crítica do socialista de que o grupo faz uma “política do ódio” e de ter levado o país a uma de suas “fases mais negativas”.

Sobrou ainda para o deputado estadual Romero Albuquerque (PP), que também foi alvo da liderança do movimento local.

O parlamentar havia defendido João Campos e dito que “talvez a boa relação que João Campos tem com o presidente da Câmara (Rodrigo Maia) tenha incomodado o deputado Kim Kataguiri”.

Depois de ter sido criticado, o deputado estadual divulgou uma nota em resposta ao movimento.

Veja a nota oficial do deputado estadual, abaixo. “Infelizmente o Brasil vem enfrentando situação de absurda intolerância política, com sérios riscos de descambar para a violência em todos os níveis, sejam de cor, gênero, religião etc., onde as críticas são respondidas com ataques pessoais.

Pois bem, às torpes agressões de quem acabei de pesquisar quem era e não consegui identificar absolutamente nada, que busca seus quinze minutos de fama, gostaria de esclarecer que o deputado federal João Campos não “terceirizou” à minha pessoa a defesa dele, pois a história política do avô, Miguel Arraes, e do pai, Eduardo Campos, em defesa da democracia e da liberdade de expressão, que possibilita a indivíduos inexpressivos agredirem gratuitamente, medindo os outros pelo tamanho da sua régua e, que ao responderem criminalmente por sua irresponsabilidade nem sempre demonstram a mesma virulência das palavras produzidas na indigência intelectual que as reveste.

Enquanto vereador, fui eleito o mais atuante do Brasil.

E, não à toa, mais de 29 mil pessoas confiaram-me o cargo de deputado estadual.

Nesse primeiro ano de mandato, apresentei aproximadamente 70 projetos de lei, fiz mais de 220 indicações, destinei mais de R$ 148 mil para reforma e manutenção das instalações do Ministério Público de Pernambuco em Recife e mais de R$ 1,7 milhão em emendas parlamentares para compra de 12 castramóveis para oito cidades do Estado, e sigo trabalhando por um Pernambuco justo e igual para todos. É isso que ele chama de patético?

Diferente de Pedro, não tenho interesse próprio, e minha credibilidade é medida pela confiança do povo, que tenho orgulho de dizer que tenho sempre ao meu lado.

Mesmo tendo vindo de alguém de ínfima expressividade, sem histórico e irresponsável, respondo as ofensas gratuitas com o que melhor sei fazer: lutar e representar a causa animal e o povo pernambucano! “, escreveu Romero Albuquerque, em sua defesa.

LEIA TAMBÉM » Kataguiri diz que João Campos busca ‘padrinhos criminosos’ para 2020 Foto: Divulgação Confira o texto do líder do MBL Recife na íntegra “Li que o Deputado João Campos acusou o MBL de fazer ‘política do ódio’ e de ter trazido o Brasil a uma de suas ‘fases mais negativas’.

Achei por bem esclarecer alguns fatos ao Deputado, que parece não saber muito de nossa história recente. É bem verdade que o Movimento Brasil Livre foi fundamental na luta pelo Impeachment de Dilma Roussef, mas muito mais gente concordou com a nossa tese.

Como por exemplo o PSB, partido do deputado, e a Ministra do TCU, Ana Arraes, avó de João.

Se o Brasil entrou mesmo em uma de suas fases negativas, o partido e a família do deputado nos ajudaram a chegar aqui.

Contudo, não acredito que seja o caso, pois o Brasil de hoje, mesmo com seus impasses, é estupidamente melhor que o de Dilma Roussef.

Apenas para exemplificar, em 2015, último ano do governo petista, a inflação batia os dois dígitos, o Brasil perdia um milhão e meio de vagas de emprego e a economia entrava numa recessão de incríveis 3,8%.

No aspecto social, desde a saída do PT do governo, os índices de violência têm baixado vertiginosamente.

Queda de quase 15% dos homicídios em 2018 e mais de 20% no corrente ano.

Tais aspectos são fundamentais para a vida do brasileiro médio, mas talvez não tão importantes para quem nunca teve uma Carteira de Trabalho assinada e que sempre andou acompanhado de seguranças armados em carros blindados.

Quanto à ‘política do ódio’, foi no comitê do PSB, numa das últimas eleições, que achou-se ‘engraçadinho’ batizar uma cadela vira-lata com o nome de uma adversária política, a Marília Arraes, que é inclusive parente sua.

No mais, deputado, prepare-se para uma eleição onde os pernambucanos não aceitarão calados os desmandos de seu partido.

Pernambuco não tem dono e Recife não é um brinquedo que uma mãe dá para um filho entediado brincar.

E se não estiver pronto para o debate, sugiro que terceirize sua defesa para alguém com um pouco mais de credibilidade do que o deputado Romero Albuquerque, conhecido pelas pessoas como um estelionatário eleitoral, autor de uma das campanhas mais pateticamente sujas e desonestas da história do Estado.

Cordialmente, Pedro Jácome – líder do Movimento Brasil Livre em Recife”