Após apresentar um projeto de lei alterando a previdência estadual, o Governo de Pernambuco divulgou uma nota nesta sexta-feira (22) em que critica a reforma da Previdência da gestão Jair Bolsonaro (PSL). “A elevação da alíquota de contribuição dos servidores estaduais para 14% é uma determinação constitucional”, justifica.

O texto da emenda constitucional que reformou a Previdência brasileira, promulgada em 12 de novembro, prevê que estados e municípios, se tiverem déficit nos seus regimes próprios, não podem ter alíquota inferior à da contribuição dos servidores da União.

LEIA TAMBÉM » Paulo Câmara inicia reforma da Previdência em Pernambuco.

Alíquota dos servidores subirá para 14% » Governo Paulo Câmara diz que projeto de reforma da previdência estadual é consequência da reforma de Bolsonaro » Em nota, PSDB diz Paulo Câmara mente sobre Previdência estadual e quer jogar culpa em Bolsonaro » Policiais vão reunir sindicatos contra Previdência de Paulo Câmara » Paulo Câmara quer regime de capitalização nas aposentadorias dos novos servidores estaduais, mas em julho disse ser contra “Não sendo, portanto, uma questão optativa para o governo estadual”, defende a gestão Paulo Câmara (PSB).

Atualmente, os servidores estaduais recolhem 13,5% dos salários. “O Governo de Pernambuco entende que modernizar o sistema previdenciário brasileiro é uma necessidade.

No entanto, não concorda com uma reforma que concentrou 80% de sua ’economia’ nas aposentadorias das pessoas mais pobres”.

Capitalização O projeto também cria o Funprev, um fundo de capitalização para novos servidores, em que o valor máximo a ser pago de aposentadoria é o mesmo que o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Para receber além disso, passaria a ser necessário se vincular a um fundo complementar de capitalização autônomo.

O governo afirma ainda na nota que a adoção de uma previdência complementar já estava prevista desde 2013 e também seria consequência da reforma da Previdência de Bolsonaro.