Por Marcelo Aprígio, do JC Online A senadora Simone Tebet (MDB-RS) afirmou na manhã desta sexta-feira (21), durante passagem pelo Recife para um encontro de mulheres do seu partido na cidade, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está indo na contramão da história ao propor a criação de uma nova legenda. “Eu acho que a gente tem que pensar a sociedade, e ela está dizendo que o grande problema do país é essa quantidade recorde de partidos.
Nesse aspecto, o presidente está indo na contramão da história, daquilo que a gente quer, de um processo que começamos lá atrás quando ele era deputado federal, em relação a diminuir o número de partidos com clausula de barreira mais rigorosa”, falou Tebet.
A senadora, que também é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, disse ainda que “não há democracia no mundo que conviva e tenha bons resultados com 32 partidos instalados, dos quais 29 estão na Câmara dos Deputados”.
Segundo ela, o elevado número de partidos é a origem da corrupção, que faz governos aderirem ao chamado “toma lá, dá cá” em nome da governabilidade. “É o grande número de partidos que leva o presidencialismo de coalização ao “toma lá, dá cá”, porque você não consegue governar se não fizer alianças com partidos para ter votos. É daí que vem toda sorte de corrupção”, afirmou.
Encontro do MDB Mulher Pouco antes do encontro de mulheres do MDB em Pernambuco, a a presidente da CCJ do Senado disse que a inclusão de mais na política é fundamental para que o país saia, o mais rápido possível, da crise que enfrenta.
Ela falou ainda que estar em Pernambuco é uma prazer, dada a história do Estado e do motivo que a trouxe. “É fundamental, para que nós saíamos o mais rápido possível dessa crise, que teima em não nos deixar, que nós tenhamos mais mulheres na política. É o olhar da mulher brasileira na tentativa de ajudar nos problemas da mulher, da família e da sociedade brasileira”, disse. “Então, estar em Pernambuco, nesse celeiro de grandes líderes que fizeram história nesse país, é um prazer muito grande.
Prazer maior é quando eu estou num encontro de mulheres que querem contar a sua parcela de contribuição fazendo política dentro de casa, no seu ambiente de trabalho, mas também em cargo eletivo”, completou.