O prefeito afastado de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), ingressou com mandado de segurança na Justiça Estadual para tentar anular o impeachment, aprovado nesta segunda-feira (18), na Câmara de Vereadores da cidade.

O pedido para perda do mandato de prefeito foi aprovado com 11 votos favoráveis e duas abstenções.

A ação judicial aponta suposta ilegalidade na perda do mandato de prefeito e foi protocolada nesta quarta-feira (20).

A ação já está pronta para uma eventual decisão do juiz.

Há no mandado de segurança um pedido de liminar, a ser apreciado pela 3ª Vara Cível da Comarca de Camaragibe.

LEIA TAMBÉM » Saiba o que acontece após a aprovação da cassação de Meira » STJ nega habeas corpus de Demóstenes Meira » Defesa de Meira explica que STJ ainda pode mudar entendimento sobre soltura » Prefeito de Camaragibe pede ao STJ para ser libertado com base em decisão sobre Flávio Bolsonaro Advogados locais nos contam que, segundo o andamento processual oficial do site do TJPE, ainda não há decisão judicial no mandado de segurança.

A cassação do mandato de Meira, na Câmara de Vereadores, se deu pela acusação de quebra de decoro.

Em agosto de 2018, auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) denunciaram que o prefeito supostamente teria impedido a realização de uma vistoria na sede da prefeitura, além de ter amassado e rasgado o ofício da ação da Corte e expulsado os servidores supostamente “aos gritos”.

O prefeito está preso, por outras supostas acusações relativas a licitações e contratos na Prefeitura.

As investigações começaram no TCE e no Ministério Público de Contas (MPCO) que compartilharam informações com a Polícia Civil.

Demóstenes Meira está preso desde do dia 20 de junho, no Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, após a Operação Harpalo, da Polícia Civil.

Segundo a Polícia Civil disse na época, Meira seria o líder de uma suposta organização criminosa que teria supostamente praticado esses crimes.