Apontado como possível candidato à Prefeitura do Recife pelo partido que Jair Bolsonaro quer criar, o Aliança pelo Brasil, Gilson Machado Neto disse estar focando na presidência da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e negou ter intenção de disputar o cargo. “Se Bolsonaro falar ‘Gilson, você vai ali na cozinha servir cafezinho’, eu vou”, afirmou, no entanto.
Machado Neto foi entrevistado nesta quarta-feira (20) no Resenha Política, na TVJC.
Assista: Para criar o novo partido após deixar o PSL, Bolsonaro precisa de 491.967 assinaturas de eleitores, que deverão ser conferidas pela Justiça Eleitoral.
Para que a legenda esteja apta para as eleições de 2020, é necessário que esse processo seja concluído até março.
Esse processo não costuma ser tão rápido.
Para adiantá-lo, apoiadores de Bolsonaro defendem a adoção de assinatura digital, o que ainda não foi feito. “Se a tecnologia hoje permite votar eletronicamente, por que não permite apoiar um partido eletronicamente?”, indagou Gilson Machado Neto.
O processo seria diferente da votação.
Enquanto nas eleições são usadas urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na coleta de assinaturas para a criação do partido seria um aplicativo com certificação digital.
Para Gilson Machado Neto, mesmo que o meio eletrônico não seja aceito pela Justiça Eleitoral, há tempo hábil para a coleta de assinaturas por causa da militância. “São militantes que são abnegados e vão com recursos próprios, como foi a campanha do presidente como um todo”.