O deputado federal João Campos, possível candidato à Prefeitura do Recife pelo PSB, negou que tenha conversado com o ex-presidente Lula sobre uma eventual aliança com o PT para o pleito municipal de 2020.
O parlamentar, que é filho do ex-governador Eduardo Campos, almoçou com o petista no último domingo (17). “A gente conversou sobre o momento que o Brasil está passando.
Foi um momento de dar um abraço de carinho e de solidariedade.
Meu pai era muito amigo do presidente Lula, foi um encontro fraternal”, disse nesta terça-feira (19), em entrevista ao programa Cidade em Foco, da Rede Agreste de Rádios. “Não falamos de eleição.
A eleição vai ser tratada no próximo ano.
E aquele encontro não era para isso, ele estava comemorando com o Nordeste inteiro”.
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O ex-presidente discursou no Festival Lula Livre, mas não citou aliados locais.
O líder petista almoçou com João Campos e outros nomes do PSB, como a mãe do deputado, Renata Campos, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio.
Apesar disso, Lula jantou na casa da deputada federal Marília Arraes, prima de João, que é contrária à aliança e se coloca à disposição para disputar a prefeitura caso o PT opte por uma candidatura própria.
Aliados históricos, PT e PSB romperam no Recife nas eleições de 2012, quando petistas entraram em crise e Eduardo Campos, então governador, aproveitou a brecha para articular a campanha de Geraldo Julio.
Em 2013, os socialistas retiraram o apoio ao governo Dilma Rousseff (PT) em âmbito nacional, para viabilizar a candidatura de Campos à presidência.
A retomada da aliança em Pernambuco, em 2018, levou à retirada da candidatura de Marília Arraes ao governo para que o PT apoiasse a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB).
O socialista não se encontrou com Lula por estar na Europa para reuniões do Consórcio Nordeste.