Integrante da bancada evangélica na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Joel da Harpa ficou indignado ao tomar conhecimento da atitude de uma mãe de santo no festival “Lula livre”.

De acordo com o parlamentar, a líder religiosa aproveitou discurso durante o Festival Lula Livre, realizado no último domingo, para atacar pastores com palavrões, misturando posicionamento político com religião. “Em nome de todos os evangélicos pernambucanos e até mesmo do Brasil, peço respeito! É inaceitável aproveitar-se de um momento politicamente democrático para pregar a intolerância religiosa.

Vivemos num país pacífico em termos de violência religiosa e assim queremos continuar.

Sou parlamentar, sempre fui taxativo quanto ao meu posicionamento como cristão, mas em nenhum momento utilizei a Assembleia para atacar outras denominações”, afirmou Joel. “O mínimo que a mãe de santo deveria fazer era um pedido público de desculpas.

Com a sua postura, ela não ofendeu somente aos evangélicos mas também a outras denominações e, principalmente, a família pernambucana.

Também tenho certeza que afrodescendentes e mulheres não se sentiram contemplados em suas palavras preconceituosas”, afirmou.

O deputado William Brigido viu manifestações de ódio no palco. “Artistas, que deveriam representar o amor, teriam pregado o preconceito e a violência contra os evangélicos e os admiradores do governo Bolsonaro”.

Na opinião do parlamentar, o festival, que seria para comemorar a liberdade do ex-presidente Lula, atingiu o maior pico de desrespeito, quando uma Mãe de Santo xingou os pastores evangélicos.

William Brigido, no primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco, foi durante 34 anos pastor da Igreja Universal e há 22 é Bispo da mesma igreja. “Respeitamos os homossexuais, os drogados e lutamos pelos mais necessitados desse país. É lamentável que esse episódio tenha ocorrido por representantes que se dizem defender o amor, que se dizem contra o preconceito.

Fico decepcionado que o líder do PT, o ex-presidente Lula, não teve a iniciativa de pedir desculpas a comunidade evangélica.

As igrejas tanto fizeram e fazem pelos mais necessitados, que prega o Evangelho de Cristo e o amor ao próximo.

Nenhuma instituição desse país faz mais do que os Evangélicos fazem pelos que mais precisam.

A Igreja Universal, da qual faço parte, está presente, diariamente, nos presídios, nos hospitais, nos orfanatos e em todos os lugares onde existam necessitados.

Só em 2018, a Igreja Universal atendeu cerca de 14 milhões de pessoas.

Era para esse partido pedir, no mínimo, desculpas a nação brasileira, aos trabalhadores, aos homens de Deus, aos pais de família”, disse o coordenador do Republicanos no Estado.

Fora da Assembleia, pastor reclama às autoridades “A incitação de ódio, guerra religiosa, não representa líderes e pessoas de matriz africana.

Sendo, provavelmente, uma ação isolada dela.

A mãe de santo ainda citou: “Vá se fod* esses pastores que acham que a gente não tem força e não tem poder.

Nos sentimos extremamente ofendidos pela forma caluniosa e ao qual essa senhora tratou a nós líderes e representantes religiosos”, afirmou o Pastor Jairinho, que apresentou uma queixa crime junto ao MPF-PE, solicitando explicações. “Explicações e um pedido de desculpas são o mínimo necessário.

Afinal o país é laico, mas devemos respeito a todos e todas”.