A agenda política do ex-presidente Lula, em sua terra natal, neste domingo, dia do ‘festival Lula Livre’, está sendo mantida em segredo.
Uma fonte do blog contou, sob reserva, que o ex-presidente Lula começa o dia com um café da manha com aliados em um hotel em Boa Viagem.
Quando vinha ao Estado, o ex-presidente hospedava-se sempre na suite presidencial do Atlante Plaza.
Depois deste primeiro evento, o ex-presidente será recebido em um almoço no Palácio do Campo das Princesas pela governadora em exercício Luciana Santos, do PC do B.
Ela assumiu o governo nesta sexta.
De acordo com informações extra-oficiais, a viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, deve tomar parte do almoço.
Um dos temas do almoço será justamente a política de alianças para as eleições municipais.
Questionada, no meio da tarde deste sábado, sobre a agenda com Lula, a vice-governadoria não confirmou nem desmentiu.
Faltando três minutos para o sábado acabar, deu uma negativa oficial. “Não procede essa informação de almoço, nem de Lula ser recebido no Palácio.
Não existe essa agenda”, informa mensagem perto da meia noite.
O governador Paulo Câmara viajou neste sábado para a Europa, em uma missão dos governadores do Nordeste para atração de investimentos para seus estados.
Antes de viajar, no começo da semana, o governador Paulo Câmara já havia telefonado desde segunda-feira para o líder do PT.
Lula deve ficar no Campo das Princesas até as 16h30 e 17 horas, quando vai rumar para o local do evendo público.
No evento musical propriamente dito, na Praça do Carmo, não haverá discursos de políticos e apenas Lula fará um agradecimento, aos artistas e aos militantes, por volta das 18 horas.
Os políticos convidados terão uma área reservada, no pé do palco.
São cerca de 200 convidados, entre pessoas da direção partidária, vereadores, parlamentares e lideranças sindicais e sociais.
Caravanas de estados como Paraiba e do interior do Estado, a exemplo de Caruaru, se farão presentes.
O MST vai promover um arrastão, com blocos de Carnaval saindo do Armazém do Campo, no pé da ponte Maurício de Nassau, até o local do evento.
O bloco Acho é Pouco é um dos grupos carnavalescos que tomarão parte.
A agenda final com o roteiro de Lula está sendo mantida em segredo para não melindrar os aliados locais nem os próprios correligionários do partido.
Um petista contou ao blog que havia muitos interessados em oferecer um jantar ao ex-presidente, como o senador Humberto Costa e a deputada federal Marília Arraes.
Entre as muitas solicitações, a opção pelo Palácio pode ser vista como a mais institucional, além de simbólica, na volta do ex-presidente ao jogo político e à terra natal. “O único problema da opção pelo Palácio é que Marília Arraes (adversária ferrenha do PSB) não pode ir, mas o senador Humberto Costa hoje mesmo deu uma entrevista ao UOL, em Brasília, fazendo uma defesa enfática das alianças”.
Caso se confirmem as negociações, terá sido algo novo.
No passado, as reuniões entre Lula e Eduardo Campos, bem como os acordos celados entre o PT e o PSB depois com aval de Renata Campos, ocorriam na casa da família Campos em Casa Forte. “Nas outras vezes, Lula ia jantar lá e as coisas eram sacramentadas”.
Ha aliados da Frente Popular, entretanto, que defendem a candidatura própria do PT com Marília Arraes, nos bastidores. “Seria bom que ela fosse candidata mesmo.
Então, todos poderiam contar os votos que ela tem.
Se não fizer isto, vamos ter sempre este fantasma (da incerteza do número de votos) rondando.
Tem mais.
Se ela perder, como vai ser candidata a governador depois?”, opina um aliado da frente liderada pelo PSB.
Nem todos os aliados se farão presentes.
O PDT em Pernambuco mostra-se dividido.
O deputado federal Tulio Gadelha passou a semana fazendo críticas ao PT e viajou para Pirinopólis, em Goiás.
Túlio Gadelha diz que ‘se #LulaLivre é a pauta central do seu debate, você também está vivendo em outra realidade paralela’