O ex-presidente Lula defendeu nesta quinta-feira (14), em discurso durante ato da Executiva Nacional na Bahia, o protagonismo do PT no cenário político.

Para o líder petista, o partido não tem que fazer autocrítica e deve lançar candidaturas em 2020 e 2022. “O PT não nasceu para ser partido de apoio”, disse Lula, que defendeu candidaturas próprias em “toda cidade que tenha uma rádio e uma televisão”. “Vocês já viram alguém pedir a Fernando Henrique Cardoso para fazer autocrítica?

Pedir ao PTB, a Bolsonaro? É só o PT”, afirmou à militância. “Se alguém quiser que o PT faça autocrítica, faça autocrítica você”.

Petistas são questionados sobre o assunto após o escândalo do mensalão, ainda no governo Lula, e as investigações da Operação Lava Jato, que levaram a condenações do ex-presidente e de lideranças do partido.

Lula também afirmou que “na dúvida, a gente defende o companheiro”. “Os erros que nos cometemos as leis que puniram são nossas”, falou ainda.

O ex-presidente evitou falar sobre uma candidatura sua ao cargo em 2022. “Eu posso subir a rampa levando o [Fernando] Haddad, levando os outros companheiros”, disse.

Além disso, afirmou que o partido poderia polarizar com Jair Bolsonaro. “Quem polariza é quem disputa um título”.

Lula ainda ironizou o apresentador Luciano Huck e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), possíveis candidatos à presidência em 2022. “Seria a pausa e a menopausa”.

Essa foi a primeira participação de Lula em um evento do partido desde que foi solto, na última sexta-feira (9).

No próximo domingo (17), o ex-presidente participará de um ato no Recife.