Por Júlio Lóssio (PSD), ex-prefeito de Petrolina e pré-candidato ao cargo nas eleições do ano que vem A caminho da reta final, a gestão de Miguel Coelho colhe indicadores sofríveis para a situação fiscal do município de Petrolina, a cidade sempre conhecida por ser um polo promotor de desenvolvimento no interior do Nordeste sofre o forte revés na trajetória dos seus indicadores fiscais, especialmente quando se trata de investimentos, segundo aponta o Índice Firjan de Gestão Fiscal-IFGF O IFGF, é elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro e divulgado anualmente.
Foi criado com o objetivo de contribuir com as discussões sobre a eficiência da gestão fiscal dos municípios brasileiros, tendo como foco a administração dos recursos públicos pelas prefeituras municipais. É consenso em toda a sociedade que para assegurar o crescimento econômico e o fornecimento dos serviços públicos essenciais, como saúde, transporte, educação, etc. o investimento público é fator determinante, pois por ele são destinados recursos à construção dos equipamentos públicos como hospitais, unidades de saúde, escolas, além da infraestrutura como estradas e rodovias, etc.
Pois bem, o objetivo do ‘IFGF Investimentos’, segundo o estudo da FIRJAN, “é medir a parcela dos investimentos nos orçamentos municipais.” Ou seja, daquilo que foi arrecadado pelo município, quanto foi efetivamente destinado à conta de investimento nas áreas essenciais.
O que a princípio foi propagado como o ponto forte a ser desenvolvido pela atual gestão, pelos arranjos políticos em nível estadual e federal, mostrou-se um retumbante fracasso quando se observa a partir de uma leitura técnica e imparcial os resultados do estudo da FIRJAN que evidencia que Petrolina despencou, chegando a perder no ranking nacional o total de 1986 (mil e oitocentos e noventa e seis) posições, saindo de 1904º em 2016, último ano da gestão anterior para 3800º ficando entre os piores municípios do Brasil, num universo de 5337 municípios brasileiros analisados.
Ainda nesse quesito, Petrolina, caiu da 31º posição em Pernambuco em 2016 para ocupar a 113º na avaliação mais recente referente a 2018 (ficando também entre os piores do estado).
Segundo esse indicador, para os municípios Brasileiros que investiram ao menos 12% das suas receitas, a nota foi de 1,00, mas a nota de Petrolina que chegou a 0,5542 no último ano da gestão anterior, caiu para 0,1581 em 2017 (menos de um terço do ano anterior) e 0,2929, passando a ocupar uma posição crítica segundo o próprio estudo.
Ainda, no período da atual gestão, Petrolina retrocedeu nos quesitos de ‘Autonomia’ que avalia se a prefeitura gera recursos suficientes para arcar com seus custos de manutenção da sua existência e no quesito ‘Liquidez’ que pondera a relação entre postergações das despesas e disponibilidade de recurso em caixa pelo tamanho do orçamento da prefeitura, ou seja, a capacidade de pagar tempestivamente os seus compromissos.
As informações podem ser confirmadas no site: https://www.firjan.com.br/ifdm/