A sessão da Câmara Municipal do Cabo de Santo Agostinho para votar o pedido de autorização do prefeito Lula Cabral (PSB) para um empréstimo de R$ 90 milhões, nesta terça-feira (12), foi marcada por manifestações.

Diante dos protestos, a definição ficou para a sessão para esta quarta-feira (13).

Com a confusão, o resultado da primeira votação é divergente entre a oposição e a base do governo.

Procuradas pelo Blog de Jamildo, a assessoria de imprensa e a presidência da Casa não informaram os números oficiais. ?

Vereadores contrários a Lula Cabral afirmam que o resultado da primeira votação foi de 11 a seis, o que, se for mantido na segunda, não permite a contratação do crédito.

Para a aprovação, são necessários dois terços da Casa, o que equivale a 12 parlamentares.

Já a base do prefeito diz que foram 12 a cinco, o que autorizaria o empréstimo.

Votaram contra o líder da oposição, Arimateia Jerônimo (PSDC), além de Ezequiel Santos (PT), Flávio do Fórum (PSB), José Maria e Ricardinho (Solidariedade).

A diferença está em um vereador: Domingos (PSC), contabilizado pela oposição, mas não pelos apoiadores de Lula Cabral.

O parlamentar e o chefe de gabinete dele foram procurados pelo Blog de Jamildo, mas não atenderam às ligações.

Empréstimo O empréstimo de R$ 90 milhões, se for autorizado pela Câmara Municipal, será negociado com a Caixa Econômica Federal.

O crédito deverá ser obtido através do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa).

As obras devem ser para as praias de Gaibu e Enseada dos Corais, além de quatro áreas em Ponte dos Carvalhos.

Entre os serviços estão pavimentação, drenagem e iluminação.

Lula Cabral O projeto de lei foi assinado por Lula Cabral em 18 de outubro, três dias depois que ele retornou à prefeitura.

O socialista ficou afastado do cargo por quase um ano, alvo de investigações do Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com as apurações, que correm em segredo de justiça, Lula Cabral teria supostamente ordenado a transferência de mais de R$ 90 milhões do instituto de previdência municipal, o CaboPrev – que antes se encontravam investidos em instituições sólidas – para fundos de investimento que colocavam em em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores.