Lei municipal assinada pelo prefeito Geraldo Júlio (PSB), publicada no Diário Oficial do sábado (9), declarou o educador Paulo Freire como “Patrono da Educação do Recife”.
O projeto de lei é de autoria do vereador Rinaldo Júnior (PSB), que já foi líder da oposição e hoje está na base do PSB.
A lei recifense repete um título que já pertence nacionalmente ao educador, dado pela Lei Federal 12.612, de 2013.
Membros do Governo Federal, inclusive o presidente Bolsonaro (PSL), chegaram a falar em revogar o título de patrono da educação do Brasil.
Até agora, a proposta não foi efetivada.
Oriundo de uma família de classe média, em 1943, chegou à Faculdade de Direito da Universidade de Recife, hoje Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Durante o curso, teve contato com conteúdos de filosofia da educação.
Ao optar por lecionar língua portuguesa, deixou de lado a profissão de advogado.
Em 1946, assumiu a direção do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social de Pernambuco, onde passou a trabalhar com pobres analfabetos.
Em 1964, Freire foi preso e expulso do país.
Em 16 anos de exílio, passou por Chile, Suíça, Estados Unidos e Inglaterra e difundiu sua metodologia de ensino em países africanos de colonização portuguesa, como Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Em sua obra mais conhecida, “A Pedagogia do Oprimido”, o educador propõe um novo modelo de ensino.