Palácio do Planalto, 2022 Da Equipe de Análise BITES, nesta sexta Em abril do ano passado, quando BITES indicou, a partir dos dados digitais, que o segundo turno da eleição ocorreria entre o então candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e um nome do PT a ser indicado por Lula, foram identificados quatro forças de apoio ao atual presidente da República.

Esse contingente era formado por eleitores preocupados com questões de violência e segurança, outros focados na pauta de costumes, aqueles que apostavam na agenda econômica de Paulo Guedes e, por último, os antipetistas.

Logo nos primeiros meses de administração Bolsonaro, os dois primeiros continuaram ao seu lado.

Os apoiadores de Guedes entraram em silêncio na espera da aprovação das reformas e os antipetistas acreditavam que tinham cumprido a sua missão.

Hoje, após a saída do ex-presidente Lula da prisão, as quatros forças estão se reagrupando em torno do mesmo objetivo: enfrentar o PT e Lula.

O estoque de votos contra os petistas em 2018, materializados em diversas perspectivas de ressentimento, ainda continua muito expressivo.

Logo após o anúncio do STF sobre a prisão em 2ª instância, as buscas no Google Brasil para a palavra-chave 2022 sofreram um aumento expressivo.

E o tema mais procurado envolve detalhes sobre a lei da ficha limpa, que proíbe candidaturas de quem foi condenado em duas instâncias.

O eleitorado de Lula e os seus críticos querem saber se ele poderá ser o nome da oposição em 2022 contra uma possível reeleição de Bolsonaro.

Os Estados nordestinos estão entre aqueles que mais buscam por esse tipo de informação.

Uma das principais perguntas ao Google é: “Lula pode se candidatar em 2022?” O interesse nessa expressão cresceu 2.100% nas 2.100%.

No Twiter, entre 18 milhões de post publicados em português até às 19h30 de hoje, Lula aparece em 1,6 milhão.

O melhor resultado desde para o ex-presidente nos últimos 12 meses.

E quando combinado com 2022, candidato e eleição o ex-presidente apareceu em 18.487 posts nesse contexto.

Há um significado nessa diferença entre Twitter e o Google.

Como o serviço de buscas registra maior volume de consultas, a tendência mostra que muitos eleitores ainda não sabem com certeza se Lula será candidato em 2022.

O histórico de dados do Sistema BITES ao longo de 2018 mostra que Bolsonaro sempre cresceu em número de fãs e seguidores nas redes sociais quando *a ameaça de Lula era mais constante. * As curvas do algoritmo de tração da BITES, utilizado para medir a capacidade de um agente criar movimentações dentro da sua rede digital, de Lula e Bolsonaro sempre foram semelhantes.

Um crescia em função do outro.

Mas, o presidente da República tem maior vantagem sobre o ex-presidente.

Hoje, Bolsonaro tem 32,2 milhões de aliados digitais nas suas contas oficiais no Facebook, Twiter, Youtube e Instagram contra 6,2 milhões de Lula.

Nos últimos sete dias, Bolsonaro aumentou essa base em 129 mil perfis contra 81.696 de Lula, sendo que 67 mil foram acrescentados nas últimas 24 horas.