O prefeito afastado Demóstenes Meira, de Camaragibe, pode ter o destino definido na próxima quinta-feira.

Nesta data, os vereadores do município planejam se reunir e pedir o afastamento em definitivo do cargo.

De acordo com informações extra-oficiais, apenas dois aliados (Paulo André e Adriano da Tabatinga) ainda permanecem ao lado de Meira, sendo a maioria a favor do impedimento do prefeito Meira.

Alguns vereadores já tem declarado o voto nos bastidores.

O desfecho do caso precisa ser pautado pelo presidente da Câmara Municipal de Camaragibe, vereador Antônio Oliveira (PTB), o Toninho.

A votação deve começar por volta das 9 horas, em sessão extraordinária, na véspera do feriado.

As sessões usualmente são as terças em Camaragibe.

Assim, vereadores anteriormente ligados à Meira teriam se aproximando da prefeita em exercício, Nadegi Queiroz (DC).

O prefeito afastado está preso desde do dia 20 de junho no Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Protocolada no dia 25 de junho deste ano, a denúncia contra Meira é baseada nas investigações da Operação Harpalo, que apura suspeitas de fraudes na licitação para a reforma do prédio da prefeitura, além de suposta corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo a Polícia Civil disse na época, Meira seria o líder da organização criminosa que teria supostamente praticado esses crimes.

Manutenção da prisão No dia 18 de outubro, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou pedido de liberdade do prefeito afastado de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB).

A decisão foi por unanimidade.

O petebista está preso desde junho depois da deflagração da segunda fase da Operação Harpalo.

No mesmo dia, a vice-prefeita Nadegi Queiroz (DC) assumiu o comando do município.

Relator do voto seguido pelos nove magistrados presentes, o desembargador do TJPE Mauro Alencar justificou a rejeição do pedido da defesa ao dizer que o procedimento foi correto e o inquérito foi legal, não havendo, segundo ele, coação ilegal por suposta dupla investigação.

O magistrado também considerou a legalidade das medidas cautelares proferidas: sequestro de bens, suspensão de atividade empresariais e quebra de sigilo bancário e fiscal.