O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), não gostou das medidas de modernização da máquina, anunciadas nesta terça, pelo governo Federal. “O pacote de medidas econômicas do governo Jair Bolsonaro é extremamente perverso com o funcionalismo público do país.

O governo quer, mais uma vez, que o trabalhador pague a conta de sua própria inoperância”, atacou. “O presidente apresentou mais um pacote de maldades que autoriza a redução de jornada e do salário de servidores públicos em situações de aperto fiscal.

Que culpa tem o servidor, que cumpre o seu dever, de gestores ruins como o próprio Bolsonaro?

Aliás, ele e o seu entorno até agora só conseguiram promover crises, cortes sucessivos e apresentar projetos que acabam com direitos conquistados com muita luta pela população brasileira.

Agora, é o servidor público que vai ter de pagar pelas trapalhadas do presidente?”, afirmou.

De acordo com o projeto, os gestores municipais, estaduais e federais poderão reduzir temporariamente a jornada de trabalho dos servidores em até 25%, com redução salarial equivalente.

Além disso, o pacote prevê o congelamento de salário de servidores quando as despesas correntes superarem 95% das receitas.

O líder do PT criticou o que chamou de “tentativa de maior desmonte público do país”.

O senador criticou a proposta que altera os limites constitucionais de gastos sociais, como saúde e educação e prevê a inclusão dos pagamentos de aposentados e pensionistas. “Saúde e educação são áreas fundamentais porque garantem respectivamente o futuro do nosso país pelo conhecimento e a saúde do brasileiro.

Todos sabem que precisamos de mais recursos para investir nos dois setores e não o contrário.

O que estão querendo fazer com o Brasil é assustador.

Não vamos permitir que o governo Bolsonaro transforme o país em um novo Chile, que hoje sofre as consequências de um projeto nefasto que acabou com a possibilidade da população de se aposentar e de ter direito a uma educação e saúde públicas de qualidade”, afirmou Humberto Costa, na tribuna.