Por Igor Maciel, na coluna Pinga-Fogo da edição dessa quarta-feira (23) do Jornal do Commercio Apesar da necessidade de organizar e trazer justeza à distribuição dos impostos, a reforma administrativa, e não a tributária, é que deve ser a próxima bandeira de Paulo Guedes.

Também é uma guerra mais curta.

A tributária vai durar mais de um ano.

Será o momento de se ver quem está mesmo disposto a fazer sacrifícios.

No caso da Previdência, houve quem aceitou e quem, apegado aos benefícios, revoltou-se.

Na administrativa, os funcionários públicos mais privilegiados é que devem reclamar.

Mas eles não são maioria.

O Ministério da Economia divulgou estudo mostrando que 5% dos servidores ativos custam 12% da folha da União.

Matemática é para pensar.

Se 5% recebem 12% do bolo, significa que 95% são obrigados a dividir 88% dos valores.

Tem gente recebendo pouco e gente recebendo demais.

Pela lógica, a maioria dos 95% deveria apoiar mudanças.

Mas isso depende do quanto vão engolir de conversa da oposição.

Uma dica: quando começarem os discursos de deputados, reclamando que o governo vai prejudicar os pobres, veja se o orador é funcionário público, depois pesquise seu salário.

Talvez você venha a descobrir que o “pobre coitado” com o qual ele está tão preocupado, é ele mesmo.