O presidente Jair Bolsonaro decidiu retirar a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) da liderança do governo no Congresso nesta quinta-feira (17).

O substituto será o senador Eduardo Gomes, do MDB do Tocantins.

Para o cientista político Eduardo Grinn, a mudança é consequência dos problemas estruturais do PSL, partido que tem a maior bancada no Congresso. “Primeiro, um reflexo da incapacidade que o PSL tem de se sustentar mais do que uma legenda superficial, que abrigou um conjunto muito heterogêneo de lideranças políticas, sem nenhum tipo de identidade partidária, programática e ideológica, que não fosse aproveitar a oportunidade eleitoral de se eleger em um movimento que levou o Bolsonaro a ser eleito.” LEIA TAMBÉM » Bolsonaro tira Joice Hasselmann da liderança do governo no Congresso » Bivar suspende cinco deputados do PSL aliados de Bolsonaro » Jovem que expôs briga no PSL acredita em inocência de Bivar e união com Bolsonaro » Delegado Waldir permanecerá como líder do PSL na Câmara » Busca e apreensão no PSL de Pernambuco foi pedida pela PF em agosto » Bivar rebate Bolsonaro: ‘Não estamos em grêmio estudantil’ » Bivar está ‘queimado para caramba’. ‘Esquece’ o PSL, diz Bolsonaro a apoiador Além disso, o cientista político ressalta outros motivos para a saída Joice Hasselmann.

De acordo com Eduardo Grinn, a saída da deputada da liderança do governo também pode ter relação com a possibilidade de disputa da prefeitura de São Paulo. “Ela, há muito tempo, já se manifestou seu interesse em ser candidata.

Então, começou a sinalizar a discussão de buscar ser candidata pelo DEM.

Inclusive, ela já levando adiante a própria discussão da fusão do PSL com o DEM.

Então, claramente, isso significou para o Bolsonaro uma senha clara de que a Joice não era mais aliada aos seus interesses, razão pela qual ele a destituiu do comando da liderança do governo no Congresso.” Nas redes sociais, Joice disse que deixou a liderança no Congresso com sentimento de dever cumprido. “Continuo firme no combate à corrupção e apoio o presidente Jair Bolsonaro enquanto ele realmente quiser combater a corrupção, sem jeitinho, sem flexibilizar, sem carteiradas, sem protecionismo a quem quer que seja.

Se houver esse compromisso mantido com o Brasil, seguiremos juntos”, escreveu a parlamentar.