Mesmo com as escaramuças em Brasília, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou estável em 59,3 pontos neste mês. É o terceiro mês consecutivo que o indicador permanece no mesmo patamar. “Esse resultado mostra que a confiança do empresário industrial segue elevada”, diz a pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 18 de outubro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Com a queda de apenas 0,1 ponto frente a setembro, o ICEI está 4,7 pontos acima da média histórica e 5,6 pontos superior ao registrado em outubro do ano passado.
Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos.
Quando estão acima dos 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.
A pesquisa mostra uma pequena melhora na percepção dos empresários em relação à situação atual das empresas e da economia e uma queda nas expectativas para os próximos seis meses.
O indicador de condições atuais alcançou 52,1 pontos e está, pelo terceiro mês consecutivo, acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa da avaliação favorável para a desfavorável.
O indicador de expectativas subiu para 62,8 pontos e está 5 pontos acima do registrado em outubro do ano passado, mostrando que os industriais estão otimistas com o desempenho das empresas e da economia nos próximos seis meses. “A alta da confiança veio com os avanços da reforma da Previdência na Câmara em julho.
Avanços adicionais na agenda das reformas alavancarão ainda mais a confiança do empresário da indústria”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
A confiança é maior entre as grandes indústrias.
Nesse segmento, o ICEI ficou em 60,2 pontos.
Nas médias empresas foi de 59,1 pontos e, nas pequenas, de 57,5 pontos.
Nas regiões geográficas, o ICEI é maior entre os empresários do Norte (62 pontos) e do Centro-Oeste (61 pontos).
No Nordeste, o indicador ficou em 59,8 pontos, no Sul em 59,2 pontos e, no Sudeste, em 57,9 pontos.
O ICEI antecipa tendências da economia.
Empresários confiantes têm mais propensão a fazer investimentos, aumentar a produção e contratar trabalhadores.
Tudo isso é fundamental para acelerar o crescimento da economia.
Esta edição do ICEI foi feita entre 1º e 11 de outubro, com 2.452 empresas.
Dessas, 978 são pequenas, 892 são médias e 582 são grandes.