O Recife teve o setembro menos violento da série histórica de estatísticas criminais do Estado, iniciada em 2004.
Nesses 15 anos, nenhum teve menos de 29 mortes, como ocorreu no mês passado, que se igualou a setembro de 2011.
A redução em relação ao mesmo mês de 2018 (47 casos) foi de 38,3%.
De acordo com a SDS, retroagindo na linha do tempo, somente em dezembro de 2013 (com 26 óbitos), ou há 5 anos e 9 meses, a cidade apresentou um patamar mensal mais baixo de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs).
Destacou-se, no Recife, a Área Integrada de Segurança 4 (AIS-4) – que compreende 24 bairros, entre eles Várzea, San Martin, Jardim São Paulo e Afogados –, alcançando a menor quantidade de CVLIs dos últimos 69 meses, com seis vítimas em setembro deste ano.
Em dezembro de 2013, tinham ocorrido quatro casos.
A AIS-5, com sede no bairro de Apipucos e englobando mais 21 bairros, como Casa Amarela, Casa Forte, Dois Unidos e Vasco da Gama, também chegou a 30/09 com seis casos de homicídio, uma a mais em relação a agosto de 2018.
Considerando os números consolidados pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) desde janeiro, o recuo também foi expressivo na cidade.
A diferença foi de -14,51%, tendo caído de 441 homicídios nesse período em 2018 para 377. “O Recife teve uma redução de CVLIs bem superior à média do Estado, que foi de 11%. É resultado de um trabalho intenso de enfrentamento à criminalidade, especialmente o tráfico de drogas, responsável por grande parte dos homicídios. É preciso destacar, ainda, que temos as polícias mais eficientes e menos letais do país.
Mas não temos nada a comemorar, pois há muito a se fazer pela segurança e tranquilidade dos recifenses.
Estamos em busca de parcerias com todos os municípios para avançar em ações integradas, aliando prevenção e repressão.
No Recife, por exemplo, colaboramos com o programa Ilumina Recife, da Prefeitura, que está levando mais iluminação pública em LED a pontos estratégicos, inibindo a ação de bandidos aumentando a sensação de segurança”, disse o secretário Antonio de Pádua.