O líder da oposição na Câmara Municipal, o vereador Renato Antunes (PSC), “cobrou” que a gestão municipal incluísse Recife no Programa Nacional das Escolas Cívico Militares, proposto pelo ministério da educação e da defesa.

A adesão é voluntária, a exemplo do que ocorreu com os Estados.

Na visão do parlamentar, Pernambuco sai perdendo por rejeitar a iniciativa do Governo Federal. “Uma vez que o Estado negou, os municípios podem aderir.

Peço que a Prefeitura do Recife tenha sensibilidade.

Não podemos perder nosso protagonismo.

Somos a capital de Pernambuco, mas estamos ficando para trás.”, afirmou.

Para o parlamentar, Recife deveria seguir os passos de outras cidades, que anunciaram adesão ao programa idealizado pelo governo federal. “Jaboatão dos Guararapes sai na frente quando anuncia que vai implantar o projeto.

A capital pernambucana deveria ter o mesmo posicionamento e pensar em educação com responsabilidade.

Recusar este tipo de programa é assumir para população que a educação pública local é de extrema qualidade, não precisando de ajuda.

Sabemos que a realidade não é esta.

O momento de recursos magros não permite que o Recife rejeite dinheiro da esfera federal”, afirmou o parlamentar.

A Escola Cívico-Militar abarca as áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa.

De acordo com o governo Federal, os militares não ocuparão cargos previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, mas vão interferir na gestão escolar e na gestão educacional.

A meta do Governo Federal é implantar 54 unidades desse modelo por ano até 2023, com investimentos em infraestrutura e material escolar de R$ 1 milhão por escola. “É importante destacar que a Escola Cívico-Militar não se confunde com a Escola Militar. É tão somente pegar uma estrutura que já existe no município e ter uma participação dos militares na gestão, com participação do Governo Federal”, disse Renato Antunes.