Cinco meses após deixar o PSOL com críticas à direção do partido, o ex-deputado estadual Edilson Silva vai se filiar nesta segunda-feira (7) ao PCdoB, legenda da vice-governadora Luciana Santos.

O ato será no Recife.

Pelas redes sociais, Edilson Silva disse ter sido recebido no PCdoB com “extrema e surpreendente generosidade”.

LEIA TAMBÉM » Edilson Silva aderiu a outro projeto político, diz presidente do PSOL » Edilson Silva anuncia saída do PSOL e diz ser alvo de perseguição » PSOL diz receber, ‘sem surpresa’, anúncio da saída de Edilson Silva “O momento que vivemos, no Brasil e no mundo, exigem defesa implacável da democracia e do Estado de Direito, e para tanto exige também disposição sincera e profunda de construção de uma ampla unidade política e social na defesa dos patamares civilizatórios alcançados pela humanidade até aqui, nas ciências, nas artes, no senso humanitário, nas liberdades fundamentais”, afirmou. “O PCdoB é o partido cuja história, já quase centenária, o autoriza, por coerência, a cumprir papel de grande autoridade política nesta missão”.

Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Edilson Silva fazia oposição ao governo Paulo Câmara (PSB) e era crítico da gestão de Geraldo Julio (PSB) na Prefeitura do Recife.

O PCdoB, no entanto, é aliado dos socialistas.

Edilson Silva anunciou em maio a saída do PSOL.

Ele foi o primeiro parlamentar eleito pelo partido em Pernambuco, em 2014, dez anos após a fundação da legenda.

No pleito seguinte, de 2018, ele não foi reeleito e o mandato coletivo Juntas ficou com a vaga na Alepe.

O ex-deputado denunciou ter sido alvo de perseguições e constrangimentos do atual comando do PSOL.

Para Edilson Silva, o partido negou espaço para ele na propaganda de rádio e televisão.

A direção da sigla nega.

A disputa entre os grupos do PSOL ficou pública há dois anos, quando a corrente ‘Somos PSOL’ divulgou uma carta informando o rompimento com o então deputado.

No documento, afirmaram que ele é uma figura “centralizadora”.

No dia seguinte, dez funcionários do gabinete dele foram exonerados.