A juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou o arquivamento de um inquérito contra a ex-deputada federal Aline Côrrea (PP-SP), filha do também ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE).

Aline foi acusada nas delações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. “Compulsando os autos, conclui-se, por ora, pela inexistência de indícios suficientes de que Aline Lemos Correa de Oliveira Andrade possuía o conhecimento da origem ilícita dos recursos, elemento subjetivo do dolo específico, descaracterizando assim o objeto material do crime - vantagem indevida - necessário para tipificação penal”, decidiu a juíza, que substituiu Sérgio Moro.

Na decisão desta terça-feira (1), a juíza considera que não havia indícios suficientes de que a parlamentar sabia de origem ilícita dos recursos obtidos pelo partido, como dizem as delações.

A magistrada também considerou que o relatório final do Ministério Público Federal pede o arquivamento do caso, dada a “antiguidade do fato investigado, o esgotamento das diligências investigatórias razoavelmente exigível ou a inexistência de linha investigatória potencialmente idônea”.

Em depoimento, Aline não negou ter recebido os valores em espécie para a campanha, mas “acreditava tratar-se de negócios entre seu pai, Pedro Correa, e Alberto Youssef”.

No processo, ela atribuiu o controle financeiro da campanha política a seu pai, que corrobora a versão e alega que os negócios ilícitos não tiveram interferência de Aline. “Pedro Correa, por sua vez, corrobora a versão da filha, alegando que todos os negócios ilícitos foram por ele realizados com Youssef, sem interferência da filha”, disse a juíza, na decisão. (com informações do site jurídico nacional CONJUR)