O Centro de Formação Paulo Freire é dos pernambucanos Por Isaltino Nascimento, deputado estadual Nos últimos dias tive a oportunidade de conhecer mais de perto o trabalho do Centro de Formação Paulo Freire, no Assentamento Normandia localizado em Caruaru.

O espaço é uma referência no campo do conhecimento em agroecologia e ainda possui agroindústrias que fornecem, por exemplo, produtos para abastecer escolas municipais de Caruaru, Recife, Floresta, Palmares e outras.

Na área da educação, o Centro tem parcerias com instituições de ensino como Universidade Federal de Pernambuco, Universidade de Pernambuco, Universidade de Coimbra, Universidade Federal Rural de Pernambuco.

O espaço possui alojamento, creche, auditório para 800 pessoas, refeitório, quadra, academia do campo.

São três agroindústrias que funcionam no local na produção de pães, bolos e outros gêneros alimentícios, além do corte de bovinos, aves e caprinos.

Não há dúvidas da importância do trabalho realizado hoje pelo Centro de Formação Paulo Freire e dos inúmeros benefícios sociais que presta para a região.

A formação agroecológica, a educação, a produção e a agroindústria foram melhorias implementadas ao longo dos anos e estão lá para quem quiser conhecer.

Qual não foi a nossa surpresa quando soubemos da decisão judicial de despejo do Centro.

Partimos imediatamente para o local, onde nos reunimos com o povo e pudemos testemunhar a disposição de luta dessa gente que só quer viver com dignidade.

Agora estamos buscando negociar com os órgãos federais para que não haja a desapropriação.

Uma saída de modo que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continue desenvolvendo o trabalho.

De todas as portas em que batemos essa semana junto com a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal – TRF da 5ª Região, Secretaria de Desenvolvimento Agrário, INCRA, Ministério Público Federal, Justiça Federal – ouvimos disposição para o diálogo e o entendimento.

Estamos esperançosos!

O Centro de Formação Paulo Freire está de portas abertas e tem toda a legitimidade de continuar o trabalho no fomento pela sabedoria de trabalhadores e trabalhadoras rurais e suas famílias.

Esperamos que essa decisão judicial seja revista, pois acreditamos nas forças do campo e da justiça e no poder da educação para transformação de uma sociedade.