As buscas e apreensões deflagradas, nesta quinta-feira (19), em endereços ligados ao senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo no Senado, foram requeridas pela Polícia Federal ainda em junho, por duas delegadas da Polícia Federal. “Uma operação destas não se faz de um dia para o outro.

São meses de preparação.

Isso também não passa pelo ministro Moro.

Quem diz em contrário está sendo leviano”, diz fonte do blog, com acesso à investigação.

Hoje, várias colunas, em jornais nacionais, atribuíram a Operação a uma retaliação do ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao líder do Governo, por recentes declarações de Fernando Bezerra.

O próprio advogado de Fernando Bezerra, em entrevista à Folha de São Paulo, atacou Moro, falando em retaliação.

O pedido oficial das delegadas, datado ainda de junho, “desmente” esta versão, diz a fonte.

No UOL, nesta quinta-feira, o advogado André Callegari, que defende o líder do governo Jair Bolsonaro (PSL) no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), alegou que o parlamentar foi alvo de operação da Polícia Federal na manhã de quinta-feira (19) por sua atuação política combativa em relação a alguns pontos do pacote anticorrupção, encabeçado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. “O senador tem apregoado uma posição de respeito às garantias de direitos fundamentais e parece que isso tem descontentado alguns setores”, disse.

Ele lembrou declaração recente de seu cliente, em entrevista ao jornal O Estado de S.

Paulo, em que diz, ao comentar uma possível troca no ministério, que Moro pode ser esquecido em 60 dias. “É uma conjunção de fatores.

Essa declaração pode ter contribuído para a retaliação política”, afirmou.

O advogado declarou que a Polícia Federal fez um espetáculo e lembrou que a Procuradoria-Geral da República foi contra a ação autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso.

Confira o relatório