Por Ângelo Castelo Branco - jornalista autor do livro “O Artífice do Entendimento”, versando sobre a biografia do ex-vice presidente Marco Maciel -, em artigo enviado ao Blog A direita provocadora e a esquerda histérica pensam que o mundo pode ser medido pela régua de suas idiossincrasias.

O desmesurado escândalo alavancado pelos movimentos abertamente mais interessados na destruição do governo do que preocupados com o desmatamento, teve um desfecho melhor do que a encomenda.

A Europa deu uma lição aos radicais brasileiros ao sinalizar um sentimento de apoio à Amazônia muito acima da medíocre disputa em voga no Brasil entre saqueadores de cofres públicos e apologistas da caça às bruxas.

Angela Merkel mostrou porque merece o título de estadista ao defender um estreito diálogo com o arengueiro Bolsonaro para que não pense que “estamos contra ele”.

A frase de Merkel emite sentimentos de uma responsabilidade solidária a valores humanos ainda ignorados por expressiva parcela da classe dominante do Brasil.

A postura dos chefes de estado europeus é um golpe de veludo na cara da esquerda que só pensa em mobilizar o planeta contra o seu mais temível inimigo, e dá uma lição de bons modos e de responsabilidade ao bolsonarismo no trato das superiores questões de interesse humano.

O recado da Europa bate forte na cultura política de um Brasil perdido nas tempestades ideológicas de uma esquerda dinossaura sem rumo e uma direita perdendo tempo em confrontos inúteis.

O episódio do incêndio nas matas do Amazonas tende para um final feliz na medida em que forçou a mobilização oficial em favor da floresta fora de controle e secularmente depredada por exploradores do patrimônio ecológico brasileiro.

Tomara que dê tudo certo.