Leia a íntegra da análise da equipe BITES “Nessa sexta-feira, 235º dia da medição da tração digital do presidente da República – algoritmo de BITES utilizado para medir a capacidade de um agente em amplificar a sua mensagem junto aos seus seguidores na Internet –, Bolsonaro registrou o segundo menor patamar desde a sua posse em 01 de janeiro.

O pior dia foi em 09 de maio, quando ele assinou o decreto que ampliou o acesso dos brasileiros a armas de fogo.

A tração presidencial nunca ficou tão baixa, nem após os comentários recorrentes do presidente em relação a costumes ou outros temas de interesse da agenda conservadora da sua administração.

Há uma relação entre maio e hoje.

Nas duas ocasiões, o presidente forneceu o argumento necessário para quem estava em silêncio diante da sua disputa com a oposição, especialmente o PT, criticá-lo e sair do casulo e da zona de conforto.

São eleitores de centro antipetistas e mais interessados em temas de dimensão global como a preservação ambiental e o seu impacto na vida pessoal e nos negócios.

Uma queda de braço envolvendo a Amazônia reagrupa famílias, divididas pelo espectro ideológico, e incomoda empresários interessados em vender mais para o exterior.

Nesse aspecto, o barulho for maior porque eles se agruparam com a oposição e outros grupos de defesa do meio ambiente.

Não foi uma reação que os bolsonaristas podem considerar de agrupamentos esquerdistas.

Moderados entraram no debate e apenas sairão quando o governo fornecer uma resposta satisfatória para a questão.

Nesse sentido, Bolsonaro pode entender que há temas que atraem esse tipo de grupo, tolerantes com a sua agenda na área de costumes.

Na eleição do ano passado, BITES utilizou o algoritmo da tração para identificar em abril a ascensão da candidatura do então deputado Jair Bolsonaro e a sua caminhada para o segundo turno.

Com a posse, passamos medir diariamente a capacidade do presidente em utilizar as suas contas oficiais no Facebook, Twitter, Instagram e Youtube para informar, amplificar e influenciar os debates sobre a sua administração junto à opinião pública digital.

Nas últimas 24 horas, a pressão internacional sobre o Brasil também impactou o universo digital.

Entre 425 mil notícias publicadas nas últimas 24 horas no mundo, identificadas pelo Sistema Analítico BITES, dos 300 artigos mais compartilhados no Facebook e Twitter, oito tratavam da crise ambiental.

No total, os textos foram compartilhados 762 mil vezes.

Mesmo diante dessa tensão, os aliados de Bolsonaro conseguiram esboçar uma reação local e internacional.

As hashtags #MacronLies e #somostodosRicardoSalles entraram nos trending topics do Twitter no mundo.

O próprio presidente Bolsonaro fez 28 posts nas suas redes sociais nas últimas 24 horas.

Obteve 1,2 milhão de interações e aumentou a sua base em 22 mil novos seguidores, mostrando que ainda tem capacidade de influenciar o debate.

O presidente da França, Emmanuel Macron, nesse mesmo período, produziu 12 posts, entre eles aquele da polêmica sobre a Amazônia.

O francês alcançou 237 mil interações.

LAVA JATO Diante debate em torno da Amazônia, a audiência digital da 64ª fase da Operação Lava Jato foi pouco expressiva.

Hoje, os internautas brasileiros produziram 15,3 milhões de tweets.

Foram 27.872 posts sobre a ação da Polícia Federal e a hashtag #lavajato foi a 47º mais utilizada no di com apenas 2.532 citações.

A campeã foi #macronlies com 112.189 referências”.