O governo do Estado confirmou nesta quarta que o grupo Big Bompreço passará a centralizar em Pernambuco toda a movimentação de importação e distribuição de mercadorias da rede de lojas do Nordeste.

Nesta quarta-feira, foi aprovada a concessão de benefícios fiscais para cinco projetos da empresa (quatro ampliações e uma implantação), localizados nas cidades de Jaboatão dos Guararapes e no Cabo de Santo Agostinho.

A votação ocorreu em reunião extraordinária do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), realizada nesta quarta-feira (21/08), no auditório Aymar Soriano, na sede da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper).

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, disse que empreendimentos importantes precisam ser analisados de forma extraordinária. “Conseguimos fazer uma alteração no fluxo de trabalho, de forma que, imediatamente após a aprovação no Condic, a publicação do decreto já é encaminhada para que a empresa possa começar a usufruir dos benefícios do Prodepe.Para esse caso, reunimos dois projetos.

Um é o da Nova Tecelagem Fiação, que já tem protocolo de intenções com o Estadoe outro é o BIG Bompreço, que era Walmart, foi adquirido por um novo grupo, lançou a nova marca e, a partir de cinco projetos no Estado, pretende consolidar Pernambuco como o principal hub de importação, via Suape, e distribuição dos seus produtos”, ressalta. “A reunião extraordinária agiliza a sequência do cronograma de implantação que eles acertaram com os protocolos de intenção assinados”, complementa. d“É uma questão de eficiência no processo de concessão de incentivos fiscais.

Não é algo corriqueiro acontecer uma reunião extraordinária.

Temos um calendário a seguir.

Mas abrimos essa exceção porque esses projetos são estratégicos e possuem um prazo curto de implantação.

Foi importante quebrar este paradigma”, disse Abreu e Lima, em Petrolina, participando da programação do Todos por Pernambuco, isse o presidente da AD Diper, Roberto Abreu e Lima.

Ainda haverá mais duas reuniões neste ano, sendo uma em outubro e a outra em dezembro.

O encontro também aprovou os incentivos para a Nova Tecelagem e Fiação, que anunciou o investimento de R$ 100 milhões em uma fábrica na cidade de Bezerros, com geração prevista de 545 empregos.

O Grupo Santana Textiles tem como origem a fabricação de redes de dormir, segmento no qual foi líder nacional no final da década de 1970.

No início dos anos 1980, nasceu a Fiação Santana, a primeira indústria brasileira desse segmento totalmente voltada para o processo open-end para a produção de fios de algodão.

Em 1995, a empresa adentrou um novo segmento, a tecelagem, passando a produzir tecidos denim.

Desta forma, foi inaugurada a primeira unidade têxtil do grupo, uma fábrica em Horizonte, interior do Ceará, cuja capacidade produtiva é de aproximadamente 3,5 milhões de metros/mês de tecido.

Atualmente, são gerados cerca de 2,2 mil empregos diretos.

De acordo com o Grupo Santana Textiles, as obras de construção da planta deverão ser iniciadas em dezembro de 2019 e podem durar até três anos.

No entanto, a companhia planeja começar a funcionar a partir de 2020, quando deverão ser empregados cerca de 250 funcionários.

Até o final de 2021, a produção mensal da fábrica será de 1.200.000 metros de tecido Denim e 700.000 kg de fios.

Esses itens são aplicados na produção de malharia (cotton, meia malha, pique, ribana, meias, moletons, entre outros) e tecelagem (artigos para cama, mesa e banho).

O protocolo de intenções contempla a adesão da Nova Tecelagem e Fiação ao Prodepe, que prevê crédito presumido a ser aplicado sobre o saldo devedor do ICMS normal de até 90% - percentual previsto pelo programa de incentivo fiscal para a Zona do Agreste, a recolher nos próximos 12 anos.

Segundo a AD Diper, a empresa estará autorizada, pelo prazo máximo de seis meses, a terceirizar seus serviços fora dos limites estaduais.