O desembargador Bartolomeu Bueno, do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE), foi às redes sociais falar sobre o presidente da República, sem, contudo, citar diretamente o nome de Jair Bolsonaro (PSL).
O magistrado, também presidente da Associação Nacional de Desembargadores (ANDES), mencionou a possibilidade de interdição de autoridades que “não falam respeitando a liturgia do alto cargo que ocupam” ou que “falam pensadamente querendo imbecilizar os brasileiros”.
RESPOSTA » Bartolomeu Bueno esclarece que fala sobre interdição vale para qualquer autoridade No post da rede social, o desembargador esclarece que não está falando em impeachment, mas sim em “interdição, por falta de condições mentais para o exercício do cargo”.
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Não é a primeira vez que o magistrado critica medidas do governo Bolsonaro. » Bolsonaro sanciona lei que desobriga pobres a terem ‘habite-se’ para tirar escritura » Bolsonaro sugere fazer cocô em dias alternados para preservar o ambiente » Indicação para novo PGR sairá até o dia 16, diz Bolsonaro » Maia volta a criticar Bolsonaro: ‘produto de nossos erros’ O desembargador criticou duramente a reforma da previdência, em julho.
Veja a íntegra da manifestação do magistrado sobre a reforma proposta pelo presidente: “A Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno, por larga maioria, a miséria de milhões de verdadeiros trabalhadores, que recolheram anos a fio regularmente suas contribuições para a previdência enquanto os empresários sonegavam a sua parte, e vão ficar sem suas aposentadorias legitimamente conquistadas.
País injusto!”.
Resposta Nesta terça-feira, o blog convidou o desembargador para uma entrevista sobre o momento político nacional, mas ele recusou o uso do espaço.
Em nota, Bartolomeu Bueno afirmou: “Em nenhum momento cito a pessoa ou o nome do Presidente.
A assertiva por mim declinada serve para qualquer autoridade, inclusive para mim”.