A oposição se reúne na terça-feira 6 para discutir se encaminha pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro por crime de responsabilidade em razão de uma série de condutas, como usar avião da FAB para levar parentes ao casamento do filho Eduardo).
Ou por conta de declarações, como dizer ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, que sabe como o pai dele desapareceu na ditadura militar.
Apesar de vislumbrarem várias situações que configurem quebra de decoro, a tendência no Congresso é que a proposta não avance.
Um dos motivos é que o grupo entende que não há condições políticas no Congresso para sua aprovação neste momento e teme que a iniciativa seja interpretada como um “terceiro turno” da eleição.
Nordeste A paralisação do fornecimento de água no Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, há cerca de seis meses, levou o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), a acusar o governo Jair Bolsonaro de discriminar o Nordeste.
Segundo o parlamentar, há um descaso do governo com a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil.
O projeto pretende beneficiar 7,1 milhões de pessoas de 223 municípios do Nordeste.
A interrupção no abastecimento ocorreu em Monteiro, primeira cidade da Paraíba a receber as águas da transposição, em março de 2017, no governo Temer.
No entanto, desde o final de fevereiro deste ano, os moradores da região só recebem água em casa por meio de caminhões-pipa. “A discriminação contra o Nordeste permanece agora no que diz respeito à Transposição do Rio São Francisco.
Com a obra, pessoas que convivem com a dura realidade da seca passaram a viver com mais dignidade.
Mas Bolsonaro parece determinado a destruir tudo o que temos de bom.
O governo alega que é um problema técnico, mas, na verdade, é mais uma demonstração do descaso com que Bolsonaro trata os nordestinos”, afirmou o senador.
Humberto criticou a possibilidade de privatização da Transposição, ventilada pelo governo Jair Bolsonaro. “O governo diz que não vai haver investimento público em obras que tenham como finalidade o abastecimento de água no Nordeste e defende um processo de privatização.
Mas é importante lembrar que, se houver a privatização, com toda a certeza, quem vai pagar essa conta é a população do semiárido.
E isso vai impactar diretamente no custo de vida e na economia de uma região já tão sofrida.
Mas não vamos permitir.
Vamos estar na luta contra mais essa tentativa de ataque ao povo do Nordeste”, afirmou.