Mais cedo, o líder da oposição na Alepe, Marco Aurélio, do PRTB, além do PSDB, ambos em notas oficiais, repercutiram a revelação de que a delegada da Polícia Civil Patrícia Domingos começou a responder a um processo administrativo disciplinar, aberto pela Corregedoria da SDS, conforme dados oficiais.

O parlamentar estadual falou em retaliação contra a funcionária pública.

O PSDB falou em preocupação e prometeu acompanhar para evitar injustiças.

Depois deles, quem também se posicionou foi o Novo.

E o partido ignorou ou não tomou conhecimento da nota da SDS que, mais cedo, havia rebatido a acusação do PSDB e PRTB.

O argumento foi simples.

Como se podia falar em perseguição, se foi o MPPE, que faz o trabalho de controle externo das polícia, quem produziu o relatório sobre os três delegados?

Veja a nota da SDS mais abaixo.

Nota do Diretório Estadual do Partido NOVO PE sobre o processo administrativo disciplinar instaurado pela SDS contra a delegada Patrícia Domingos O diretório do Partido Novo em Pernambuco recebe com receio a notícia da abertura de um processo administrativo contra a Delegada Patrícia Domingos.

Patrícia foi titular da Delegacia de Polícia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) até novembro passado, quando a unidade foi extinta após votação na Assembleia Legislativa.

Sob sua gestão, a Decasp realizou importantes operações como a Ratatouille e a Castelo de Farinha, que desbaratou fraudes na compra de merenda em prefeituras pernambucanas.

Estaremos atentos e diligentes para garantir que tal processo administrativo vise apenas o cumprimento da lei - e não seja utilizado como instrumento de perseguição contra quem quer que seja!

Veja a nota oficial Corregedoria Geral da SDS A Corregedoria Geral da SDS informa que a abertura de processo administrativo disciplinar em desfavor dos delegados Wedja de Andrade e Silva, Casimiro Ulisses de Oliveira e Silva e Patrícia de Oliveira Domingos teve origem em relatório do Ministério Público de Pernambuco.

Em levantamento do inventário da Deprim e da Decasp, onde esses servidores eram titulares, o órgão responsável pelo controle externo da atividade policial apontou “ausência de gestão de autos e de controle de tramitação” dos inquéritos, investigações paralisadas e prescritas, entre outras irregularidades .

No caso da Decasp, o relatório aponta a existência de 249 inquéritos prescritos, ou seja, não houve condução em tempo hábil, conforme os prazos legais.

Entre as irregularidades, também são apontadas desorganização cartorária, falta de controle de procedimentos e investigações sem diligências.

O relatório evidencia ainda que 75,92% de todos os inquéritos da Decasp não eram relativos a crimes contra a administração pública, mas a outros tipos de delitos, como falsidade ideológica, estelionato e furto.

Em outro relatório, desta vez elaborado pela Corregedoria, foram analisados 427 inquéritos da antiga Decasp.

Desses, 63,23% estavam sem qualquer movimentação há anos.

Em relação à Deprim, foi verificado que não havia correlação entre um grande volume de materiais apreendidos (e empilhados em depósito) e os inquéritos intaurados, não sendo possível definir as cinscunstâncias do recolhimento desses objetos.

Diante dessa análise dos inventários, o MPPE recomendou distribuição, prosseguimento de inquéritos paralisados, instauração de inquéritos a partir de denúncias não investigada, evitando, assim, impunidade para casos registrados de falsidade ideológica, estelionato, furto, peculato, concussão e fraude em licitação, entre outros.

Por fim, a Corregedoria ressalta que conduzirá esses Procedimentos Administrativos Disciplinares Especiais (PADEs) de forma técnica e imparcial, com a garantia do espaço à ampla defesa e ao contraditório.

Dois outros delegados também foram investigados