Aliado do governador de São Paulo, João Doria, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, divulgou uma nota nesta terça-feira (30) criticando Jair Bolsonaro (PSL). “Enquanto o PSDB era chamado de ’neoliberal’, o presidente Bolsonaro votava com o PT contra o Plano Real, contra a reforma da Previdência, por mais privilégios aos setores corporativos, e defendia ditadura”, afirma o texto assinado pelo pernambucano, que foi publicado nas redes sociais do partido.
A nota rebate o ministro da Economia, Paulo Guedes, que critica o modelo social-democrata.
Bruno Araújo afirma que a crise econômica foi causada pelos governos petistas e cita Dilma Rousseff.
Além disso, defende o que considera o legado tucano: liberalismo econômico, bandeira de Guedes.
No texto, Araújo afirma que no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) “o PSDB era chamado de ’neoliberal’” e tenta afastar Bolsonaro do liberalismo nesse período. “Hoje, os social democratas do PSDB estão à frente da principal medida do governo: a reforma da Previdência.
Um texto conduzido pelo ex-deputado Rogério Marinho, aperfeiçoado na Câmara por Samuel Moreira e que será relatado no Senado por Tasso Jereissati”, enfatiza Bruno Araújo.
No ano passado, Bruno Araújo foi candidato ao Senado em Pernambuco e apoiou Bolsonaro no segundo turno.
Aliado de Doria, ele assumiu a presidência do PSDB este ano.
Uma candidatura do governador de São Paulo à presidência da República em 2022 é tratada no meio político e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a fazer um aceno ao tucano em entrevista ao jornal O Estado de S.
Paulo este mês.
Este foi o segundo dia consecutivo que Bruno Araújo criticou o presidente.
Nessa segunda-feira (29), ele afirmou que o ataque de Bolsonaro ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, foi “uma declaração desrespeitosa, abusiva e lamentável”.
Bolsonaro afirmou que poderia contar como se deu o desaparecimento de Fernando Santa Cruz, pai de Felipe, durante a ditadura militar.
Uma declaração desrespeitosa, abusiva e lamentável.
Um Líder pode até fazer história, mas não tem o poder de reescrevê-la. https://t.co/CbF0CrRoMP — Bruno Araújo (@BrunoAraujo456) July 29, 2019