O deputado estadual Marco Aurélio (PRTB) lamentou a atitude da ex-candidata a vice-presidente e ex-deputada federal Manuela D’ávila, do PCdoB, de ajudar Walter Delgatti Neto a entregar conteúdos hackeados ao jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil. “Ela toma conhecimento de crime cometido por hackers e, ao invés de denunciar, decide oferecer ajuda.
Lamentável a atitude de Manuela D’Ávila”, declarou.
O líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco afirmou que Manuela acaba tornando-se “cúmplice de hackers”.
Ele classificou a atitude como “coisa de esquerda que quer quebrar o país”.
Na Alepe, Marco Aurélio costuma se apresentar como o mais fiel defensor do governo federal, levando bandeiras como a da Reforma da Previdência com a inclusão de estados e municípios. “Para transformar o país é preciso defender pautas impopulares como a nova Previdência”, argumenta o parlamentar. “Justiça dará boa punição”, afirma Jair Bolsonaro sobre criminosos que teriam invadido celulares de autoridades O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a justiça brasileira “dará uma boa punição” aos supostos hackers que teriam invadido os aparelhos celulares de mais mil pessoas.
O presidente está entre as vítimas da ação dos criminosos, presos pela Polícia Federal na última terça-feira (23). “O Brasil é um país com Lei.
Esse pessoal, ao se confirmar tudo que está divulgado, tem que ser responsabilizado.
Da minha parte, não tenho a menor preocupação com a invasão no meu telefone, porque no que é estratégico para o Brasil nós conversamos pessoalmente aqui. É um crime a invasão dos telefones e, com toda certeza, a Justiça brasileira dará conta de uma boa punição para esse pessoal”.
A fala de Bolsonaro foi dada durante a transmissão ao vivo nas redes sociais, que habitualmente ocorre às quintas-feiras.
Além do presidente, informações divulgadas pelo portal G1 apontam que os aparelhos celulares do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, e da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, teriam sido alvos de ataque de hackers.
Como a investigação sobre esses atos criminosos corre em sigilo, a Polícia Federal não confirma nenhuma dessas invasões.
Nas últimas semanas, outros nomes ligados ao governo também sofreram ataques virtuais, como a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
O doutor em Direito Digital pela USP, Marcelo Bulgueroni, explica que o ataque é direcionado para que o criminoso tenha acesso ao código de autenticação, uma espécie de senha que usuário recebe via SMS na hora de ativar o WhatsApp ou o Telegram em um aparelho novo.
Marcelo Bulgueroni afirma que os hackers fazem uma simulação de chamada do próprio número, usando um sistema digital de voz.
Quando o Telegram faz a confirmação, manda o código por SMS, mas o número de segurança do usuário também pode ser recebido via ligação.
Para se prevenir de ataques como esse, Bulgueroni recomenda a ativação da confirmação em duas etapas. “Isso é uma configuração que está dentro logo da configuração de conversas do WhatsApp, do Telegram também, e, quando a pessoa ativa esta confirmação em duas etapas, ela pede um endereço de e-mail e que ela cadastre um PIN (código) de seis dígitos.
Ela vai colocar esta senha, tem que ser uma coisa que ela lembre com facilidade, e toda vez que alguém tentar ativar de novo o WhatsApp ou o Telegram em um outro aparelho, não vai só pedir esse SMS.
Vem o SMS ou a tentativa de ligação, mas também pede o PIN da pessoa, que só ela sabe porque cadastrou.” Em nota, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, informou que não utiliza o aplicativo Telegram e que teve conhecimento de um suposto hackeamento pela imprensa.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse em nota que recebeu a informação de que o aparelho de celular teria sofrido tentativa de hackeamento.
Afirmou ainda que “embora tranquilo”, manifesta indignação com a invasão de privacidade e ressalta que ações criminosas como essa “representam uma afronta aos Poderes da República e à população brasileira”.
Em nota oficial, o presidente do STJ, João Otávio de Noronha, afirmou que foi comunicado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, de que o “material obtido vai ser descartado para não devassar a intimidade de ninguém”.
Com informações da agência Brasil