Por George Carvalho, especial para o Blog de Jamildo Felipe Carreras, deputado federal pelo PSB, apresentou nesta sexta-feira (26) sua defesa após ser acionado pelo partido por ter votado a favor da reforma da Previdência na Câmara.

Ele agiu contra a orientação socialista, que decidiu fechar questão contra a proposta.

Por telefone, o deputado, que está viajando, afirmou que não comentaria o assunto.

Carreras foi submetido a uma ação disciplinar junto a outros 10 deputados do PSB.

A bancada do partido tem 32 integrantes.

O processo foi aberto após segmentos sociais do partido entregarem uma representação ao presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira.

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A recomendação do conselho será enviada ao Diretório Nacional do partido, responsável por aplicar uma punição aos parlamentares.

Entre elas, estão previstas advertência, censura pública, suspensão, cancelamento da filiação ou expulsão.

Com mais de 20 anos de filiação do PSB, Felipe Carreras atuou como oficial de gabinete no último governo do Miguel Arraes, foi assessor de Eduardo Campos, secretário de Turismo na gestão municipal de Geraldo Julio e estadual de Paulo Câmara.

Ele está em seu segundo mandato como deputado federal.

PSB também rachou na reforma trabalhista Além de Carreras, os deputados socialistas Átila Lira (PI), Emidinho Madeira (MG), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer (RS), Luiz Flávio Gomes (SP), Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho (SC), Rosana Valle (SP) e Ted Conti (ES) votaram favoravelmente à reforma da Previdência.

O PSB passou por uma situação similar em 2017, durante votação da reforma trabalhista.

Dos 30 deputados que votaram, 14 foram a favor, não cumprindo a orientação do partido que era desfavorável.

Por causa disso, quatro deputados que votaram pela reforma foram destituídos de cargos estaduais.

Dois dos alvos eram o então ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, e a atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que deixaram o PSB antes da conclusão do processo de expulsão.

Ambos estão no DEM.

PDT processa Tabata Amaral Outro partido que também instaurou processo disciplinar contra dissidentes que votaram a favor da reforma da Previdência foi o PDT.

Oito deputados, incluindo Tabata Amaral (SP), desrespeitaram a decisão partidária contra a proposta e estão com suas representações partidárias suspensas até a conclusão do processo.

Além de Tabata, outros sete deputados do PDT foram atingidos pela decisão: Alex Santana (BA), Flávio Nogueira (PI), Gil Cutrim (MA), Jesus Sérgio (AC), Marlon Santos (RS), Silvia Cristina (RO) e Subtenente Gonzaga (MG).

De acordo com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, os deputados “votaram contra o povo brasileiro".

Ele também disse que “o processo é democrático e tem direito à ampla defesa”.