Por Charbel Maroun, do partido Novo no Recife, em artigo enviado ao Blog de Jamildo Nos últimos 24 anos, nenhuma rubrica orçamentária cresceu tanto como a destinada aos partidos políticos.
Foram incríveis 2.400%!
Para o ano que vem, somados os fundos eleitoral e partidário as legendas brasileiras receberão R$ 4,63 bilhões.
Só PSL e PT, maiores bancadas da Câmara, receberão juntos quase 1 bilhão de reais! É muito dinheiro para um sistema que simplesmente não está funcionando.
Os fundos eleitoral e partidário foram criados prometendo dar fim à corrupção.
A lógica era de que os partidos se corrompem procurando recursos para bancar suas campanhas.
Ledo engano.
Foi necessário apenas uma única eleição com o fundo eleitoral para as suspeitas de corrupção aparecerem.
As investigações estão em andamento, mas a Polícia Federal já obteve autorização para realizar prisões de suspeitos ligados ao PSL – e há indícios que o esquema operou também em Pernambuco.
Podemos olhar para outros países em busca de soluções.
Se a preocupação realmente é o combate a corrupção, podemos olhar para a Suíça.
O país é o 5º no ranking de percepção da corrupção da Transparência Internacional – e não destina um único centavo de recursos públicos para os partidos.
Os suíços entenderam que quem deve financiar os partidos políticos são os seus militantes.
Nada mais justo e é o sistema que eu defendo.
Muitos reclamam da quantidade de partidos no Brasil.
A grande maioria só existe em função do fundo partidário a sua eliminação seria a melhor cláusula de barreira, uma vez que somente sobreviveriam aqueles que tivessem filiados dispostos a bancá-los.
Desta forma, partidos sem expressão que não tem apoio popular deixariam de ser subsidiados pelo dinheiro do pagador de impostos. É o mínimo.