Do Blog de Jamildo, com Agência Brasil e informações de O Estado de S.
Paulo Um dos presos na Operação Spoofing, Walter Delgatti Neto, admitiu em depoimento à Polícia Federal ter hackeado os celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, e outras autoridades.
Neto e mais três pessoas foram presas em São Paulo nessa segunda-feira (23) e prestaram depoimento na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
Moro usou o Twitter para comentar o assunto: Leio, na decisão do Juiz, a referência a 5.616 ligações efetuadas pelo grupo com o mesmo modus operandi e suspeitas, portanto, de serem hackeamentos.
Meu terminal só recebeu três.
Preocupante. — Sergio Moro (@SF_Moro) July 24, 2019 Vazamento A suspeita de invasão do celular do ministro quando ele ainda era juiz na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável por julgar os processos envolvendo réus da Operação Lava Jato, foi tornada pública pelo próprio ministério no começo de junho.
Na ocasião, a pasta informou que hackers tinham tentado invadir o telefone celular de Moro.
O ministro só percebeu o que foi inicialmente classificado como uma mera tentativa no dia 4 de junho, quando recebeu uma ligação do seu próprio número.
Após a chamada, ele recebeu novos contatos por meio do aplicativo de mensagens Telegram, que garante que já não usava há cerca de dois anos.
Imediatamente, o ministrou abandonou a linha e acionou a PF.
Diálogos entre Moro, Deltan e outros procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato foram divulgados pelo site The Intercept desde o início do mês passado, além da Folha de S.
Paulo e da revista Veja, parceiros do veículo de comunicação.
O The Intercept não divulgou a fonte da informação.
O ministro e os procuradores afirmaram ter sido alvo de um “ataque criminoso”.
Mais cedo, em sua conta na rede social Twitter, o editor-chefe do Intercept, o jornalista Gleen Greenwald, publicou uma série de comentários questionando a rapidez com que a Polícia Federal, que é subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, conseguiu localizar os suspeitos de invadir o telefone celular do ministro.
Gleen também lembrou que, nas últimas décadas, algumas reportagens marcantes sobre fatos políticos foram realizadas a partir do vazamento de informações. 1/ Sergio Moro - sendo Sergio Moro - está tentando cinicamente explorar essas prisões para lançar dúvidas sobre a autenticidade do material jornalístico.
Mas a evidência que refuta sua tática é muito grande para que isso funcione para qualquer pessoa.
Vamos revisá-la: — Glenn Greenwald (@ggreenwald) July 24, 2019