Por Fellipe Vilar, especial para o blog Por meio de sua assessoria de imprensa, a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) afirmou ao blog nesta terça-feira (23) que não vê possibilidade de privatização da empresa.
Em entrevista à Rádio Folha na última segunda-feira (22), o Secretário de Desenvolvimento do Estado, Bruno Schwambach, afirmou que o governo está “aguardando a regra do jogo” para uma possível privatização ou não da Copergás.
Nesta terça (23), o governo federal publicou o decreto 9.928, que institui o Comitê Técnico Integrado para o Desenvolvimento do Mercado de Combustíveis, demais Derivados de Petróleo e Biocombustíveis.
O Comitê tem como uma de suas funções “propor ações e medidas destinadas ao desenvolvimento do mercado de combustíveis, demais derivados de petróleo e biocombustíveis”.
Para a Copergás, o decreto ainda precisa ser analisado pelo corpo técnico da empresa para que qualquer posicionamento seja tomado sobre a influência da decisão.
Em junho, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) emitiu resolução que estabelece diretrizes para a livre concorrência no mercado de gás natural, o que abriu a possibilidade de privatização da empresa.
Também por meio de assessoria, a Secretaria de Desenvolvimento de Pernambuco afirmou que qualquer posição sobre a privatização da Copergás será dada pela própria empresa.
O secretário de Imprensa de Pernambuco Eduardo Machado reiterou a fala de Bruno Schwambach à Rádio Folha. “Nosso posicionamento é esse mesmo, estamos aguardando a regra do jogo”.
Ao ser questionado sobre a afirmação da Copergás de que não havia possibilidade de privatização da empresa, Machado também confirmou. “Não está no nosso radar essa privatização”, disse.
VENDA ADIADA A Copergás funciona como economia mista e tem como sócios o Governo do Estado, a Petrobras Gás S.A. (Gaspetro), e a Mitsui Gás e Energia do Brasil.
O Governo de Pernambuco vem estudando a possibilidade de privatizar a Copergás desde o ano de 2017.
Em agosto de 2018, o governador Paulo Câmara afirmou, em sabatina na Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), que a venda da empresa foi prejudicada pela crise econômica. “A crise mostrou que naquele momento os estudos não poderiam avançar.
Iríamos vender a Copergás num momento muito ruim, em que o Brasil estava em baixa”, afirmou Câmara na ocasião.