O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que as denúncias de que Deltan Dallagnol e outros procuradores da Lava Jato montaram um plano de negócios com palestras e eventos para lucrar com a fama e os contatos obtidos na operação “caíram como uma bomba” no Parlamento do Mercosul (Parlasul).
O senador está em Montevidéu, no Uruguai, onde participa da 65ª reunião plenária com os integrantes do bloco. “Os colegas dos outros países ficaram perplexos com as notícias divulgadas pela imprensa brasileira e avaliaram que a troca de mensagens publicada reforça o caráter persecutório, político e até financeiro da operação”, declarou. “Todos aguardam uma apuração rigorosa dos fatos.
Temos conhecimento de que a parcialidade da Lava Jato no Brasil começou há muito tempo.
No ano passado, a perseguição se intensificou para evitar que o líder nas pesquisas eleitorais, o ex-presidente Lula, disputasse o pleito.
Hoje, estamos vendo os responsáveis por tudo isso sob absoluta suspeita.
Eles agiram de foram criminosa e corrupta”, criticou Humberto. “Deltan Dallagnol e outros integrantes do Ministério Público no Paraná buscaram usar o prestígio alcançado com parte da sociedade brasileira com a Operação Lava Jato para vender conferências mundo afora e tirar proveito econômico da situação.
Eles tentaram organizar fundações e entidades por meio de sociedade oculta e agenciaram entre si a realização de palestras.
Agora, temos certeza que a perseguição a Lula também teve um caráter não só político, mas também financeiro”, declarou.
No seu discurso na sessão plenária do Parlamento do Mercosul, o senador bateu em Bolsonaro. “A cada dia que se passa, a legitimidade do governo brasileiro eleito se perde, inclusive pelas descobertas reveladas pelo site The Intercept de que objetivos ocultos estavam presentes na atuação do então juiz Sergio Moro e de outros membros da Lava Jato”.