O turismo do Brasil a partir de agora será vendido no exterior com sotaque inglês.
O governo Bolsonaro acaba de apresentar nas peças da Embratur a ‘Marca Brasil’, em uso desde 2005, no governo Lula, substituindo-a por uma nova logomarca onde o nome do país é escrito com a letra z e não com a letra s.
A marca desenvolvida pela Embratur é uma espécie de selo de qualidade de produtos e destinos turísticos brasileiros no exterior.
O novo slogan agora é ‘Visit and love us’, que pode ser lido com boa vontade como visite-nos e se encante.
Haverá assinatura do mesmo slogan em alemão, italiano, espanhol, japonês, francês, mandarim e árabe.
Turismo sexual Em maio último, o presidente Jair Bolsonaro causou polêmica ao criticar o “turismo gay” no Brasil.
Bolsonaro sugeriu que “fique à vontade” quem quiser vir ao país “fazer sexo com uma mulher”.
Bolsonaro falou sobre o tema durante um recente café da manhã com jornalistas.
Além de provocar polêmica com a comunidade LGBT, a declaração do presidente gerou reação de governos estaduais, a exemplo de Pernambuco.
Postagens de estados como Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, com atrações como praias ao fundo, estampam o alerta de que o local está à disposição dos turistas, mas as mulheres, não.
O governo federal inicialmente destaca a economia com a mudança. “O que em outras administrações custaria algumas centenas de milhares de reais foi criado e regulamentado pela nova equipe da Embratur em tempo recorde”, afirmou Gilson Machado Neto.
A Embratur afirma ainda que a bandeira do Brasil foi a principal inspiração, embora seja possível uma associação direta com motes de campanha que sugerem alguma ideologização (‘a nossa bandeira jamais será vermelha’). “A nova marca é a cara do Brasil, foi inspirada na bandeira nacional e na rosa dos ventos, para deixar bem claro que o Brasil é lindo em todas as direções e que nossa Pátria sempre foi e será verde, amarelo, azul e branco”, observa o dirigente.
Por mim, o presidente da Embratur explica que o Brasil escrito com z facilita a divulgação pelos mecanismos de busca, neste mundo moderno. “O Brazil, escrito assim em inglês, a língua mundial do turismo, volta para facilitar as buscas SEO dos robôs dos diversos mecanismos de inteligência artificial”, afirma Machado Neto.
Em 2005, a apresentação da Marca Brasil ao mercado internacional de turismo ocorreu durante a participação brasileira na ITB Berlim 2005, uma das maiores feiras de turismo do mundo e que ocorre na capital alemã.
A apresentação oficial foi feita pelo ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, no estande brasileiro na ITB.
Segundo as informações divulgadas na época, pela Embratur em Frankfurt, os conceitos que orientaram a criação da marca eram ‘a alegria, a sinuosidade, a luminosidade e a modernidade’. “Criada a partir dos resultados apontados pelo Plano Aquarela, documento que norteia as ações de promoção turística do País no exterior, a Marca Brasil representa a imagem do Turismo do Brasil e de seus principais atributos de exportação.
Além disso, a marca traduz a imagem que o turista estrangeiro tem do País: multicolorida, refletindo aspectos como alegria, sinuosidade, luminosidade e modernidade”, explicou o governo Dilma, em 2015.
Foto: Luiz Pessoa/JC Imagem Bolsonaro criticou taxas de Fernando de Noronha Neste sábado, o presidente Jair Bolsonaro criticou uma taxa ambiental cobrada para visitar uma praia no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, e disse que o valor “explica porque quase inexiste turismo no Brasil”.
Ele comentou na rede social um vídeo em que um homem filma a Praia do Sancho, considerada uma das melhores do mundo por sites de viagem.
No Facebook, Bolsonaro citou ser cobrado o valor de “R$ 106 para frequentar uma praia em Fernando de Noronha” e que isto sobe para turista estrangeiro, indo a R$ 212. “Isso é um roubo praticado pelo GOVERNO FEDERAL (o meu Governo).
Vamos rever isso”, escreveu o presidente, referindo-se a uma portaria do Ministério do Meio Ambiente que instituiu o pagamento da taxa.
Ele finaliza a publicação pedindo que se “denuncie práticas porventura semelhantes em outros locais”.
O pagamento dessa taxa citada por Bolsonaro, cobrada desde 2012, permite acesso ao Parque Nacional Marinho, que engloba algumas das praias mais conhecidas de Noronha, como a do Sancho e a Baía dos Porcos.
O valor pago pelo turista para visitar a praia é válido por dez dias.
O parque é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), do Ministério do Meio Ambiente.
Além desta citada por Bolsonaro, ao entrar na ilha de Fernando de Noronha, o visitante deve pagar uma taxa de permanência chamada Taxa de Preservação Ambiental - TPA.
Diferentemente da paga para acessar o Parque Marinho, a TPA é cobrada e arrecadada pelo Governo Estadual de Pernambuco, que administra o Distrito de Fernando de Noronha.
A taxa varia de acordo com a quantidade de dias que o turista permanecerá em Noronha e começa em R$ 73,52.