Na manhã desta quinta-feira (11), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou a indicação do advogado eleitoral Carlos Neves à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).

O placar foi folgado.

A indicação, feita pelo governador Paulo Câmara (PSB), teve 41 votos a favor, quando eram necessários 25.

Após a decretação do resultado, o presidente da Alepe Eriberto Medeiros pontuou como positiva a decisão do governador Paulo Câmara (PSB) de indicar Carlos Neves para ocupar um cargo de destaque no papel de fiscalizador do estado. “No momento em que reunimos 42 deputados, sem custo algum para os cofres públicos, a Assembleia reconhece a pessoa do governador Paulo Câmara no envio de um nome maduro, dedicado e experiente em seus mais de 20 anos de advocacia.

Sabemos que quando Vossa Senhoria assumir o cargo de conselheiro do TCE, que é um órgão auxiliar dessa Casa, terá como sempre teve imparcialidade em suas decisões”, afirmou o Eriberto Medeiros.

O presidente da Assembleia destacou, ainda, que a partir da “visão pedagógica” do novo conselheiro, ele buscará construir pontes com as demais instituições em favor do povo pernambucano.

Antes da votação no plenário, o novo conselheiro do TCE foi sabatinado na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCJ) da Alepe.

Em auditório lotado, Carlos Neves ouviu as considerações de alguns parlamentares inscritos para falar como o presidente da Alepe, Eriberto Medeiros. “Nosso entendimento é que o Tribunal tenha um trabalho muito mais preventivo do que punitivo.

Não admitimos é que um simples relatório de auditoria, muitas vezes sequer comunicado aos gestores públicos, possa expor vidas de forma indevida.

Acreditamos, diante de tudo que foi discorrido da sua maturidade e da sua experiência, que haverá imparcialidade em suas decisões”, disse Eriberto.

Carlos Neves fez questão de frisar seu compromisso, como conselheiro do TCE, de ”sempre levar à reflexão as considerações vindas da Assembleia”. “Nada é dispensável, vindo principalmente daqueles que têm a missão de representar o povo de Pernambuco.

Uma palavra que é muito cara é representar, porque em sua origem significa ‘representar quem não está’.

E esse respeito à política, contrapondo-se à demonização da política, não impede que eu tenha o cuidado com as coisas públicas.

Não terei nenhuma dificuldade de ouvi-los para construir soluções consensuadas”, disse o novo conselheiro do TCE que assume a vaga de João Campos, falecido no mês passado.