O líder do Novo, deputado Marcel Van Hattem (RS), disse que o partido vai retirar as emendas que reincluem no texto da reforma da Previdência (PEC 6/19) os estados e municípios.
Ele disse que os textos não teriam voto favorável dos 308 deputados necessários para aprovação.
Van Hattem disse esperar que seja finalizado o acordo para que o tema volte ao debate no Plenário do Senado Federal e seja encaminhado à Câmara na forma de uma nova proposta de emenda à Constituição. “É fruto de um acordo com líderes partidários e governadores”, disse.
O líder do Novo afirmou também que a retirada das emendas pode permitir a aprovação da reforma da Previdência ainda hoje, “sem tumulto e sem melindres”.
Já se sabia que o destaque que reinsere estados e municípios no texto, do Novo não deveria prosperar, já que Maia afirmou antes que isso poderia prejudicar a votação da reforma.
Maia destacou que a alteração pode ser feita no Senado e ser debatida como uma PEC paralela na Câmara no segundo semestre. “A gente precisa resolver estados e municípios: acho que incluir agora e ter uma derrota acho que vai azedar a relação do Parlamento com os governadores.
Não foi possível incluir agora, vamos ver se o Senado consegue por ser menor, ajustar isso e, a partir daí, volta como PEC paralela e a gente faz o debate com um ambiente menos tensionado”, afirmou o presidente.
Rodrigo Maia destacou o protagonismo do Congresso na aprovação da reforma da Previdência.
Segundo ele, a relação entre Executivo e Legislativo é de independência e que isso fortalece o Parlamento. “Como não há um governo de coalizão, no qual os partidos indicam ministros no governo, há uma maior independência, e respeitosa. É bom para democracia, bom para deputados e senadores.
Nós temos responsabilidade e boas ideias para ajudar o Brasil a votar a crescer”, disse.