Da Agência Brasil - O líder da maioria na Câmara dos Deputados, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), confirmou o fechamento de um acordo para suavizar as regras de aposentadoria para os policiais e agentes de segurança que servem à União.

De acordo com o líder, a categoria poderá aposentar-se com idade mínima de 53 anos para homens e 52 anos para mulheres.

Eles também terão pedágio de 100% na regra de transição.

Dessa forma, o policial que se aposentaria em dois anos pelas regras atuais teria de trabalhar mais dois anos para passar para a inatividade a partir da promulgação da reforma da Previdência.

Segundo Ribeiro, o acordo é o mesmo recusado pela categoria na semana passada, na votação da Comissão Especial da Reforma da Previdência.

As carreiras beneficiadas abrangem policiais federais, policiais legislativos, agentes penitenciários da União e policiais rodoviários federais.

Policiais militares e bombeiros foram excluídos da reforma da Previdência e terão as regras definidas pelos estados. “Quanto aos policiais [DA UNIÃO], foi feito um acordo com eles.

O acordo que eles recusaram na comissão, eles toparam.

Não mudou nada [em relação à proposta da semana passada]: 100% de pedágio e idade mínima de 53 anos para homens e 52 anos para mulheres.

A informação que tenho é que categoria aquiesceu.

Toparam, por isso está sendo cuidado no texto”, disse o líder.

Ribeiro defendeu que a suavização das regras para os policiais que servem à União e o aumento do benefício as mulheres da iniciativa privada a partir do 16º ano de contribuição sejam incluídas numa emenda aglutinativa única para acelerar a votação. “Estamos sugerindo que se faça uma emenda com todas as correções para economia de procedimentos”, defendeu.

Confiança O líder da maioria disse ter confiança na aprovação da reforma da Previdência.

Segundo ele, a retirada dos principais pontos de conflito, como a mudança na aposentadoria rural e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), aumentou as chances de aceitação do texto da comissão especial.

Para ele, o texto atual conseguiu preservar os principais direitos sociais, mantendo uma economia elevada para os próximos dez anos. “Acho que o próprio ambiente no país está mais favorável.

As pesquisas de opinião que saíram também ajudam.

Alguns estados deram uma presença de movimentos pró-reforma.

Isso só ajuda.

Os principais pontos de conflito foram retirados.

Aposentadoria rural e BPC, tudo saiu.

A gente conseguiu construir um texto com preservação de direitos, mas com potência fiscal grande.

Vai ter pouco mais de R$ 900 bilhões de economia [EM DEZ ANOS]”, declarou.

Pela proposta do governo, os policiais e agentes de segurança da União se aposentariam aos 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e 25 anos de exercício efetivo na carreira, independentemente de distinção de sexo.