A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselman (PSL-SP), afirmou que ainda está sendo construído acordo sobre o procedimento de votação da reforma da Previdência, prevista para hoje no Plenário da Câmara.
Após a oposição rejeitar acordo proposto pelo governo para não obstruir e votar o texto só amanhã, Hasselman afirmou que os partidos que apoiam a reforma vão “tratorar e vencer a obstrução da oposição”. “A gente tem que ter os partidos alinhados para votação.
Alguns querem iniciar a votação hoje, outros querem iniciar amanhã.
Então, é isso que estamos construindo, vamos aguardar um quórum bom, vencer a obstrução e colocar em votação.
Eu gostaria de colocar ainda hoje, nem que seja de madrugada”, disse a líder.
Segundo ela, há alguns acordos sobre a apresentação de destaques no texto ainda não foram fechados, como o que beneficia professores e outro que atende a algumas demandas da bancada feminina.
Mais cedo, a bancada feminina se reuniu e defendeu mudanças na proposta a ser analisada no Plenário.
A principal demanda é um ajuste na fórmula de cálculo do benefício de contribuição exigido para mulheres.
Conforme as deputadas, apesar de o tempo de contribuição exigido para mulheres ter reduzido de 20 para 15 anos, a contagem do acréscimo de dois pontos percentuais ao ano para o valor da aposentadoria ir de 60% da média para 100% inicia aos 20 anos trabalhados, e não aos 15 anos.
Em relação aos policiais federais, Hasselman disse que eles já estão sendo beneficiados no texto do relatório. “Há um destaque do PL em relação aos professores, e vou conversar com o líder sobre isso.
Os policiais estão sendo bem atendidos: vão se aposentar dez anos antes de qualquer cidadão e vão ter a integralidade, é a única categoria que tem a integralidade.
Já em relação às mulheres, está havendo algumas conversas entre a equipe econômica e a bancada para fazer alguns ajustes, mas não é nada que tenha um grande impacto”, disse a líder.
Com informações da Câmara dos Deputados